Dois juízes do boxe nas Olimpíadas de Paris foram recentemente afastados por suspeita de corrupção. De acordo com informações divulgadas pelo The Times, os árbitros são do Cazaquistão e supervisionaram mais de cinquenta lutas durante a competição. Apesar disso, eles deixaram o cargo antes do fim das disputas.
Yermek Suiyenish é um dos juízes envolvidos no caso e foi o responsável por apitar a luta da brasileira Bia Ferreira na semifinal. A atleta acabou perdendo para Kellie Harrington, por isso ficou fora da final. O árbitro comandou 21 lutas em Paris e um relatório anterior aos Jogos elaborado pelo Professor Richard McLaren, o mesmo responsável por divulgar outros escândalos do boxe e do esporte, apontou que ele era “risco médio” para corrupção.
Já o outro juiz é Alisher Altayev, que apitou 25 combates nas Olimpíadas 2024. Segundo o mesmo relatório obtido pela imprensa britânica, ele tinha “risco alto” para corrupção. O documento foi enviado ao Comitê Olímpico Internacional (COI) antes da competição, mas ainda assim os árbitros supervisionaram diversas lutas. Ambos foram afastados da posição no dia 4 de agosto.
Além de Altayev e Suiyenish, as investigações também indicaram que mais nove juízes do boxe podem ter participado de atos de corrupção durante os Jogos. O momento, inclusive, não é muito bom para a repercussão das lutas de boxe, já que uma investigação concluiu que houve manipulação de lutas na Rio-2016.
A Associação Internacional de Boxe (IBA) foi suspensa pelo COI no ciclo passado; assim, as disputas da modalidade em Tóquio-2020 e Paris-2024 foram geridas por uma Força-Tarefa própria criada pelo comitê. Ainda não é certo que haverá competição de boxe no programa de Los Angeles-2028.
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