Robinho é preso em Santos; assista ao momento

Atleta cumprirá 9 anos em regime fechado por estupro

Robson de Souza, mais conhecido como Robinho, foi preso nesta quinta-feira (21), em Santos, no litoral paulista. O ex-jogador irá cumprir pena de nove anos, após ser condenado por um estupro coletivo cometido na Itália. Apesar da condenação, Robinho nunca foi preso porque havia saído do país quando o julgamento foi concluído. Ontem, o STJ formou maioria na decisão de que Robinho deveria cumprir a pena no Brasil imediatamente.

A prisão aconteceu por volta das 19h, após o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, negar o pedido da defesa de Robinho para impedir sua detenção. Em vídeos divulgados pela TV Globo, Band, e Record TV, o atleta está em uma viatura da polícia, a caminho da delegacia para a realização de um exame de corpo de delito e audiência de custódia. Veja:

Em um comunicado à CNN, o advogado José Eduardo Alckmin, afirmou que irá recorrer da decisão por temer extorsão e maus tratos contra o jogador no presídio de Tremembé. “É um presídio, não é uma maravilha, precisa ter precaução e não colocar em risco a integridade física”, disse a defesa.

Relembre o caso

Robinho foi condenado à nove anos de prisão pelo estupro coletivo de uma mulher albanesa na Itália. O caso em questão ocorreu na madrugada de 22 de janeiro de 2013, em uma boate de Milão chamada Sio Café. Segundo a denúncia da Procuradoria da Cidade, a vítima havia ido à casa noturna para celebrar seu aniversário de 23 anos, quando foi abusada dentro do camarim do local. O episódio foi considerado pelas autoridades como violência sexual de grupo.

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Em outubro de 2020, uma reportagem do “Globo Esporte” revelou trechos da sentença judicial e da transcrição dos grampos que levaram Robinho a ser condenado em primeira e segunda instância. Nas conversas, o jogador admitiu que teve relações sexuais com a vítima e que ela estava “completamente bêbada” a ponto de “não saber nem o que aconteceu”. Posteriormente, ele e sua defesa argumentaram que muitas falas estavam “fora de contexto”, e que as relações teriam sido consensuais.

A justiça italiana considerou que a vítima teria sido “humilhada e usada” por Robinho e amigos. (Foto: Reprodução/YouTube/UOL)

Os outros quatro brasileiros, que acompanhavam o jogador no exterior, deixaram a Itália no decorrer da investigação. Eram eles: Ricardo Falco, Fabio Cassis Galan, Cleyton Florêncio dos Dantos, Alexsandro da Silva e Rudney Gomes da Silva, amigos do atleta que também foram acusados pela jovem. Apesar da condenação, Robinho nunca cumpriu a pena porque havia saído o país quando o julgamento foi concluído. Ele alega ser inocente.

No ano passado, o podcast “UOL Esporte Histórias – Os Grampos de Robinho” mostrou Robinho jogando toda culpa do crime para os amigos. Nos áudios, o atleta mudou sua versão e admitiu sexo com a vítima. “É, eu comi, pô! Porque ela quis. Onde eu forcei a mina? Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os caras continuaram lá. ‘Você viu os caras lá?’. ‘Vi, os caras continuaram, ela queria’. Ah, porventura, em último caso, em última instância… ‘Tu..?. ‘Comi, ela queria me chupar. Ela me chupou um pouquinho, depois saí fora também'”, admitiu para Falco, que também foi condenado por estupro coletivo.

Os áudios foram obtidos pela Justiça italiana através de grampos no telefone dos envolvidos e no carro do brasileiro. Neles, Robinho confessa que fez sexo com penetração com a mulher. Anteriormente, sua versão era de que ela teria praticado sexo oral. Relembre todos os detalhes, clicando aqui.

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