A equipe jurídica de Sean “Diddy” Combs alegou que as autoridades vazaram o vídeo no qual o rapper agride a ex-namorada, Cassie Ventura, violentamente em um hotel. De acordo com informações divulgadas pelo TMZ nesta quarta-feira (9), a defesa do magnata da música afirmou que a gravação foi enviada para a CNN com a intenção de “ferir mortalmente a reputação e a perspectiva de Sean Combs se defender com sucesso contra essas alegações”.
O registros de câmeras de segurança de 2016 mostram Diddy agarrando, empurrando, arrastando e chutando Cassie. A gravação corresponde às acusações feitas contra o rapper em um processo movido pela vítima na Justiça dos EUA em novembro do ano passado.
Assista [Atenção! imagens fortes]:
CNN has obtained footage of Diddy physically assaulting Cassie at a hotel in 2016.
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— Pop Base (@PopBase) May 17, 2024
Segundo os documentos legais, os advogados do rapper, Marc Agnifilo e Teny Geragos, declararam: “Em vez de usar a fita de vídeo como prova do julgamento, juntamente com outras evidências que lhe dão contexto e significado, os agentes a usaram indevidamente da forma mais prejudicial e danosa possível”.
“O governo sabia o que tinha: uma gravação de vídeo francamente deplorável de Sean Combs em uma toalha batendo, chutando e arrastando uma mulher à vista de uma câmera no corredor do hotel”, acrescentaram. A defesa solicitou que o vídeo seja deletado, caso o tribunal considere que um agente do governo esteja por trás do vazamento da gravação.
Os advogados também citaram o Departamento de Segurança Interna duas vezes nos documentos. Eles disseram que a busca da agência governamental na propriedade de Diddy em 25 de março foi uma ação “para obter cobertura sensacionalista da mídia”. Para a defesa, o órgão fez declarações “incendiárias” à imprensa, o que “quase garantiu” a possibilidade de um grande júri e público em geral contaminados.
“O esquema do governo para minar os direitos do Sr. Combs a um processo justo tem vários métodos e meios. Primeiro, tem havido um fluxo constante de declarações falsas e prejudiciais feitas por agentes do Departamento de Segurança Interna a vários veículos de imprensa nos últimos sete meses. Segundo, os agentes se envolveram em uma busca particularmente brutal e pública nas casas do Sr. Combs, na qual algemaram os filhos inocentes do Sr. Combs e os levaram até um helicóptero de notícias e a imprensa”, relataram.
“Este foi um esforço aparente para transmitir que eles tinham evidências esmagadoras contra o Sr. Combs, justificando o tratamento público e brutal até mesmo de seus filhos, que foram algemados e maltratados por agentes federais armados com fuzis”, continuaram os representantes. Além do vídeo compartilhado com a CNN, os advogados reforçaram que acreditam que as ações são uma tentativa de “destruir” a reputação de P. Diddy antes de seu julgamento pendente.
“Embora a má conduta do governo neste caso seja particularmente flagrante, infelizmente é parte de uma tendência neste Distrito — o governo aprendeu que pode vazar informações estrategicamente com impunidade. Este Tribunal deve exercer sua autoridade para proibir essas táticas dissimuladas, que minam severamente o direito de um réu criminal a um julgamento justo”, concluíram Marc Agnifilo e Teny Geragos.
Prisão e acusações
Sean “Diddy” Combs foi preso em setembro, acusado de tráfico sexual, extorsão e prostituição. Atualmente, ele está detido no Centro de Detenção Metropolitano no Brooklyn, em Nova York, nos Estados Unidos, sem direito a fiança. O rapper se declara inocente das acusações. Mais de 100 denunciantes acusam o ganhador do Grammy de agressão sexual, entretanto, a equipe jurídica dele continua a negar qualquer irregularidade.