Os advogados de Sean “Diddy” Combs apresentaram uma solicitação de fiança para tentar, mais uma vez, libertar o magnata da música da prisão antes de seu julgamento. Os documentos, obtidos pela revista People nesta segunda-feira (11), apontam novas evidências que, segundo a defesa, enfraquecem significativamente as alegações da promotoria.
Combs, que foi preso em setembro sob graves acusações de tráfico sexual, extorsão e envolvimento com prostituição, teve seu pedido de fiança negado anteriormente por dois juízes federais, apesar de ter proposto um pacote de fiança de US$ 50 milhões (R$ 288 milhões). Desta vez, os representantes dizem que a proposta de fiança pode ser “muito mais robusta do que a anterior”.
De acordo com seus advogados, um vídeo datado de março de 2016 e utilizado inicialmente para incriminar Combs, na verdade, retrata “um vislumbre de um relacionamento consensual complexo e de uma década entre o Sr. Combs e a Vítima 1”, contrariando a alegação inicial de que o vídeo demonstrava uma agressão forçada. A procuradora-assistente dos Estados Unidos, Emily Johnson, argumentou que o vídeo era uma evidência chave da capacidade de Combs de infligir danos físicos e de obstruir a Justiça.
O incidente de 2016 veio à tona novamente quando foi publicado pela CNN em maio, identificando a vítima como Cassie Ventura, ex-namorada de Combs. Ventura havia detalhado a agressão em um processo civil em novembro de 2023, acusando o músico de estupro e abuso – alegações que ele negou. Apesar de ter chegado a um acordo no processo civil, o rapper expressou remorso por seu comportamento no vídeo, descrevendo aquele período como o ponto mais baixo de sua vida.
Na nova moção, os advogados de Combs propuseram uma fiança sob condições ainda mais restritas, incluindo prisão domiciliar com monitoramento de segurança 24 horas e restrições severas a qualquer comunicação externa, exceto com seus advogados. O magnata permanece detido no Centro de Detenção Metropolitano no Brooklyn, que seus advogados classificam como “impróprio para prisão preventiva”.
Até o momento, o Gabinete do Procurador para o Distrito Sul de Nova York não se manifestou. O julgamento de Combs está previsto para começar apenas em maio de 2025.
Diddy foi preso no dia 16 de setembro, acusado de tráfico sexual, extorsão e prostituição. O rapper se declara inocente. Mais de 100 denunciantes acusam Combs de agressão sexual, entretanto, a equipe jurídica dele continua a negar qualquer irregularidade.