O ator Alexandre Borges foi o convidado do episódio desta terça-feira (17) do “Surubaum“, podcast apresentado por Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso. Durante a conversa, ele abriu o jogo sobre sua vida íntima e revelou que, aos 59 anos, aprendeu a ressignificar o sexo.
Borges contou que passou por transformações que influenciaram sua relação com a sexualidade. Segundo ele, com o passar dos anos, começou a enfrentar a andropausa, mais conhecido como a “menopausa masculina”, que pode provocar queda da libido, fadiga, perda de massa muscular, entre outros sintomas, em função da redução dos níveis de testosterona.
Apesar dessas mudanças, o ator garantiu que o desejo continua vivo, mas que sua forma de vivenciar o sexo se transformou: “O homem passa pela andropausa, que mexe muito com os hormônios, a testosterona cai com a idade, mas o tesão continua firme, mas o sexo ficou mais tântrico”.
Baseada nos ensinamentos do tantra, essa abordagem propõe uma conexão mais profunda entre os parceiros, com foco na consciência corporal, na movimentação da energia sexual e na presença no momento da relação sexual.
Solteiro desde o fim de seu casamento com a atriz Júlia Lemmertz, em 2015, após 22 anos juntos, Alexandre ressaltou que nunca se envolveu com alguém já prevendo o fim: “Sou bem casamenteiro. Sempre acho que vai ser para sempre. Prefiro nem entrar, dou umas enroladas e fujo, porque quando eu vou já estou apaixonadão. Em 22 anos com a Júlia, aconteceu de tudo, né? Passamos por várias fases. Casei com 27 anos e quando a gente se separou tinha 51/52 anos”.
Sobre o fim do casamento, Borges refletiu: “É uma transformação de jovens para uma vida mais madura, veio filho, cinquentão, e a cabeça muda. Com a gente, foi um pouco isso. No começo, jovens, com uma sintonia e um querer muito definido dos dois juntos, e, em um determinado momento, as coisas começaram a ter outras prioridades para cada um. E cada um foi buscar o seu”.

Agora numa nova fase, ele se diz pronto para um novo amor e reforçou que não está mais interessado em relações passageiras. “Estou numa fase que estou querendo me apaixonar e querendo ter um casamento. Acho que ainda dá tempo de viver com uma mulher bacana”, pontuou.
Apesar disso, o ator reconheceu que está aprendendo a conviver com a própria companhia, especialmente depois da morte da mãe, Dona Rosa, em 2021. “Estou numa fase em que perdi pai, mãe, tios, avós, amigos. Filhos já cresceram e têm a própria vida… É uma coisa que você tem toda uma história, do passado, que só você sabe, e talvez seja a última pessoa a contar aquilo. É um mundo novo, e ainda estou entendendo”, admitiu.
“Não é que eu seja um cara isolado, sozinho. Até como ator, eu me coloco em cheque do que é esse momento, essa possibilidade de não poder ligar para a mãe… Só aquela conversinha, já te dá um abraço, um aconchego. A gente nasce sozinho, vai morrer sozinho, e tem que aprender a viver sozinho”, explicou Borges.
Ao final do bate-papo, Alexandre falou sobre a importância de encarar o envelhecimento com naturalidade e coragem: “A gente não deixa de ser quem é, só vai envelhecendo. Se eu sou assim, é o que é mais importante. (…) Estou assumindo minha velhice, não quero ficar jovem — quero ter um frescor, curiosidade, mas quero me propiciar minha velhice”.
Assista ao bate-papo completo:
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