Aline Borel foi encontrada morta em Araruama, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, pela Polícia Militar, no dia 21 de abril. De acordo com o jornal Extra, desde então, a Polícia Civilvinha investigando o caso e trabalhando com duas linhas para o assassinato da influencer: crime passional ou vingança. Nesta sexta-feira (10), foi revelado que a jovem de 27 anos foi morta por traficantes, que acreditavam que ela teria ligações com a milícia.
As autoridades afirmaram que Aline se tornou alvo depois que os criminosos conectaram a vítima a um grupo de milicianos que tentava se instalar na região em que ela morava, no leste da capital carioca. Quatro suspeitos foram identificados por agentes da 118ª DP (Araruama), em diligências no Bairro do Corte, sob comando do titular Filipi Poeys Lima.
Foram indiciados Luiz Henrique Mota Fersura, Natanel dos Santos Nunes, João Vitor Fernandes dos Santos e Ricardo Santos Oliveira, o último apontado como o mentor do crime. Todos responderão por homicídio triplamente qualificado. Eles, entretanto, já estavam presos por crimes, como tráfico de drogas, associação para o tráfico, homicídio, roubo e porte ilegal de arma de fogo. Durante os trabalhos, a Polícia Civil apreendeu uma motocicleta, que teria sido usada para carregar o corpo de Aline.
Novos detalhes
A corporação constatou que os bandidos acreditavam numa suposta proximidade de Aline com indivíduos do grupo criminoso e que a youtuber seria “olheira ou informante”. A possibilidade, no entanto, foi descartada pela polícia. Os autores do crime teriam saído com a jovem, de moto, depois de mostrarem a ela uma foto de um dos milicianos. Aline teria afirmado que conhecia o rapaz.
Ainda segundo a investigação, os traficantes disseram à jovem que o homem teria que pagar por sua liberdade. Foi neste momento que a cantora aceitou seguir com eles, pois, ao seu ver, todas as pessoas no bairro a conheciam “pelo seu jeito alegre e extrovertido de ser”. A arma utilizada para tirar a vida da influencer foi um revólver calibre 38. A polícia ainda apura se a arma é a mesma que foi apreendida numa operação da Policia Militar feita no local dias após a tragédia.
Ícone das redes sociais
Aline Borel ganhou fama em 2015, quando seus vídeos cantando músicas autorais, incluindo a famosa “É cansativa a vida do crente” e “Eu vacilei, pô. Estou ciente”, viralizaram nas redes sociais. Ela chegou a participar de programas de TV e reuniu mais de 40 mil seguidores no Instagram.
A família anunciou o afastamento de Aline da internet em abril de 2019, após ela ser diagnosticada com depressão. “Como muitos sabem, ela sofre de depressão há alguns anos, faz tratamento psiquiátrico e depende de remédios para ficar bem. Quando voltou para as redes, já tinha passado por recaídas, mas estava bem de saúde”, detalhou trecho do texto. Confira a íntegra:
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O Centro de Referência da Assistência Social (Cras2) de Araruama, onde ela fazia tratamento psicológico, publicou uma nota lamentando o ocorrido: “Tristeza pela perda e tristeza pelas condições de sua morte, um assassinato de modo brutal”.
No dia da morte, o assessor de Aline se pronunciou nos Stories. “Conheci a Aline, por um tempo ajudamos ela a voltar pras redes sociais (nunca ganhamos nenhum dinheiro com isso, que fique claro). Ela era uma menina que queria voltar a sorrir na internet e teve autorização da família, mas ela voltou a ter surtos (ela tinha problemas psiquiátricos e era cuidada pelo CRAS), então a família decidiu que era melhor ela ficar off das redes e se dedicaram a cuidar dela”, afirmou.