Roger Nores, “amigo” de Liam Payne, investigado por supostamente abandoná-lo bêbado, logo antes de sua morte, apresentou novos documentos na Argentina. Segundo a Rolling Stones nesta sexta-feira (20), Nores declarou que o cantor “quase morreu” várias vezes.
Ele disse que, quando deixou o cantor, ele estava “cumprimentando fãs” e parecia bem. “Eu era um amigo que o amava muito, ajudava no que podia, gastava meu próprio dinheiro e, mesmo assim, não era suficiente. Não acho que eu mereça a acusação que está sendo feita contra mim”, disse Nores. Ele ainda relatou que Liam foi para a reabilitação na Espanha em março deste ano e quase teve uma overdose um mês depois, quando precisou ser ressuscitado.
“Liam sofreu uma nova recaída no vício, então foi novamente ao hospital em estado grave, e os profissionais tiveram que recorrer a manobras de ressuscitação para salvá-lo“, disse Roger. Ele também afirmou que o astro “sofreu uma intoxicação grave que o deixou perto da morte”, em setembro de 2023, quando ficou internado por três dias em Milão.
“Por conta dos vícios, Payne frequentava centros de reabilitação por vontade própria, na tentativa de superá-los. Infelizmente, esses tratamentos não foram bem-sucedidos e o vício piorou quando ele começou a usar drogas mais pesadas, como a heroína”, acrescentou. O músico foi para os Estados Unidos, onde teria ficado longe das drogas, mas o Roger desconfia que ele teria voltado a usá-las.
Nores teria enviado um e-mail para o pai do astro, Geoff Payne, demonstrando preocupação. “Espero que você traga médicos para verificar a saúde dele regularmente o mais rápido possível, como eu fiz enquanto ele estava nos Estados Unidos. Vou ficar fora de cena e desejo a vocês tudo de melhor com a saúde e a carreira de Liam”, escreveu.
Roger, entretanto, culpa o hotel pela morte do cantor. Ele afirma que o local não tinha um médico disponível 24 horas por dia, apesar da lei fazer essa exigência, e ainda apontou que o local deveria ter um profissional presente desde o momento em que Liam fez o check-in, e que o gerente de operações sabia que o astro estava “bêbado e drogado”. O empresário aponta que a segurança do amigo não foi garantida.
“Se Liam não tivesse sido levado à força para o quarto, se tivesse sido deixado no saguão e um médico tivesse sido chamado enquanto o viam convulsionando, nada disso teria acontecido”, escreveu ele nos documentos.
Morte trágica
Liam Payne faleceu no dia 16 de outubro, após cair do terceiro andar do hotel Casa Sur, em Buenos Aires, na Argentina. “O cantor pulou da varanda do seu quarto”, relatou Pablo Policicchio, diretor de comunicações do Ministério da Segurança de Buenos Aires, à Associated Press.
A queda teria sido de 13 ou 14 metros. Segundo Alberto Crescenti, chefe do Serviço de Atendimento Médico de Emergência (SAME), a morte do artista foi instantânea devido à gravidade das lesões sofridas. O relatório preliminar da autópsia apontou que Payne veio a óbito devido a politraumatismos com hemorragia interna e externa.
Em meio à apuração do caso, a polícia local prendeu três suspeitos, acusando-os de “crimes de abandono de pessoa seguido de morte, fornecimento e facilitação de narcóticos”. Todos estão sendo investigados e as penas podem chegar até 15 anos, segundo o Ministério Público.