Hugo Gloss

Amigo revela vários affairs de John Lennon e narra episódio constrangedor: “Fez sexo enquanto Yoko podia ouvir tudo”

O eterno beatle John Lennon viveu um período de excessos entre 1973 e 1975, conhecido como o “Fim de Semana Perdido” (Lost Weekend). Durante esses 18 meses, o cantor se afastou de sua esposa Yoko Ono e mergulhou em um estilo de vida marcado por álcool, drogas e relações extraconjugais, sendo a mais notável delas o romance com sua assistente, May Pang. No livro de memórias “We All Shine On: John, Yoko, and Me”, lançado recentemente, Elliot Mintz, amigo íntimo de Lennon e Ono, revelou novos detalhes sobre essa fase tumultuada da vida do cantor.

Na época, Lennon vivenciou uma série de encontros com outras mulheres. Um deles foi em uma festa no apartamento do ativista político Jerry Rubin, em 1972. Lennon foi flagrado tendo uma relação sexual com uma desconhecida, enquanto Ono, que estava na mesma festa, ouvia tudo. “Ele estava colocando [sua esposa] na posição mais embaraçosa que você poderia colocar uma mulher — fazendo uma brincadeira em outra sala com paredes finas enquanto sua esposa estava participando da festa e podia ouvir tudo”, revelou Mintz, acrescentando que os convidados ficaram desconfortáveis com a situação.

Ele descreveu: “Yoko sentou no sofá, em silêncio, atordoada, enquanto outros convidados começaram a se levantar desajeitadamente para ir embora. Até que perceberam que seus casacos estavam no quarto onde John estava fazendo sexo”.

No dia seguinte, segundo o autor, Lennon pediu desculpas a Yoko, mas o impacto desse episódio foi duradouro. Yoko teria confessado que poderia perdoar Lennon, mas que o relacionamento não seria o mesmo: “Eu posso perdoá-lo, mas não sei se algum dia poderei esquecer o que aconteceu”.

Os Beatles fazendo performance em 1963 (Foto: Getty)

Segundo Mintz, ao perceber o distanciamento em seu casamento, Yoko teria sugerido que a assistente May Pang acompanhasse o músico em uma viagem a Los Angeles, supostamente para cuidar dele. No entanto, o que inicialmente era uma relação de trabalho evoluiu para um relacionamento amoroso entre Lennon e Pang.

Embora Yoko mantivesse o controle sobre Lennon mesmo à distância, o romance entre Lennon e sua assistente se intensificou. O relacionamento terminou quando o músico retornou a Nova York, em 1975, e se reconectou com Yoko. Lennon teria dito a Pang que Ono estava “permitindo” que ele voltasse, o que pôs fim ao romance. Embora o affair tenha chegado ao fim, Pang afirmou que eles mantiveram contato por anos e que chegaram a ter intimidades mesmo após a reconciliação de Lennon com Yoko. A última vez que Lennon ligou para ela foi apenas seis meses antes de sua morte, quando ele foi assassinado em dezembro de 1980, em frente ao edifício Dakota, em Nova York, por Mark David Chapman.

Até hoje os fãs fazem homenagens para o cantor nas proximidades de sua antiga residência (Foto: Getty)

Pang, hoje com 73 anos, compartilhou seu lado da história em uma entrevista ao The Post no ano passado. Ela revelou que, na época, Yoko disse que estava se distanciando de Lennon e que May seria “boa para ele”. Os dois se mudaram para Los Angeles e, segundo Pang, “se apaixonaram” durante esse período. Porém, mesmo durante o “Fim de Semana Perdido”, Yoko monitorava de perto a relação e frequentemente se comunicava com eles, fazendo cerca de 20 ligações por dia.

Mesmo com os altos e baixos da relação, Mintz destacou que Lennon e Yoko mantinham uma ligação forte. “Não me entenda mal. Na maior parte do tempo, ele era a pessoa com quem nos relacionávamos, que escreveu ‘ Imagine’ e expressou sua visão do tipo de mundo onde todos nós gostaríamos de viver. Mas ele nem sempre ficou lá. Ele era imperfeito. A propósito, essa é uma das razões pelas quais todos nós nos apaixonamos por ele: porque ele era real”, finalizou.

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