Nesta quarta-feira (17), Ana Hickmann revelou pela primeira vez os hematomas que teriam resultado do episódio denunciado por ela de violência doméstica por parte de seu ex-marido Alexandre Correa, com quem foi casada por 25 anos. Durante um evento do Instituto Ressoar, uma organização beneficente ligada à Igreja Universal, Ana compartilhou suas reflexões sobre a história e desabafou sobre as marcas físicas e emocionais.
Em trecho da palestra compartilhado em suas redes sociais, Hickmann mostrou fotos dos machucados em um telão. “Na semana que essa marca aconteceu, isso foi no dia 11 de novembro de 2023, foi o dia que eu pedi socorro”, contou ela.
“Eu nunca trouxe as imagens para ninguém, aliás, essa semana completou oito meses e eu quis fazer isso porque eu queria mostrar para vocês que não tem endereço, não tem conta em banco, não tem nome de família, não tem cor de pele, não tem nada que nos diferencia. Somos as mesmas e passamos pelas mesmas coisas”, declarou Ana, visivelmente emocionada. “Pode mudar só o nome do agressor, mas o resto continua sendo igual. E tudo ocorre do mesmo jeito. Isso eu aprendi ao longo desses meses compartilhando e escutando histórias de outras mulheres”, acrescentou.
A apresentadora também compartilhou sobre sua infância, revelando que viveu uma situação semelhante em casa, onde sua mãe foi vítima de violência. “Eu pensava que o que tinha acontecido com minha mãe jamais aconteceria comigo”, confessou Ana.
Ana denunciou Alexandre em novembro de 2023, quando disse estar vivendo uma relação abusiva com o empresário. Na palestra, Hickmann recordou a conversa com a delegada que registrou sua denúncia contra Alexandre e contou o que sentiu no momento: “Uma mistura de medo, angústia, dor física, dor na alma e vergonha. Sim, vergonha de admitir que a pessoa que fez tudo isso comigo é pai do meu filho (…) A única coisa que ficou bem claro pra mim: ‘Você não tem culpa e você merece ser feliz'”.
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Ao mencionar o caso, a apresentadora destacou que, apesar de ser vítima, enfrentou críticas. Hickmann explicou sua abordagem ao lidar com a situação, concentrando-se no bem-estar de seu filho, Alezinho. “Se eu for feliz, o meu filho vai ser feliz. Se eu seguir, eu vou ser melhor mãe, eu vou conseguir ser um exemplo para ele. E, acreditem, eu fui julgada por isso: ‘Ela não está sofrendo. Ela não está chorando. Ah, está tudo certo’. Julgamentos, a gente vai ter o tempo todo, as pessoas vão apontar dedo, que você não tá levando a sério, que é mentira, mas no final do dia só a gente sabe o que está acontecendo”, refletiu.
Por fim, ela reforçou: “Hoje tô aqui pra dizer o seguinte. Tenham a coragem de colocar na frente de vocês o escudo de guerreiras. ‘Parece difícil, eu não vou conseguir’. Vocês estão aqui juntas, uma pode apoiar a outra, outra pode incentivar a outra. A gente tem o direito de ser feliz, de continuar”.
No fim da palestra, Ana interagiu com outras vítimas de violência doméstica e agradeceu os abraços e carinhos recebidos.
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