Ana Hickmann se manifestou publicamente, nesta quarta-feira (22), sobre a decisão judicial que a obriga a pagar pensão de 15 mil ao ex-marido, Alexandre Correa. Em uma carta aberta publicada em seu canal no YouTube, a apresentadora criticou a determinação da Justiça e o comportamento do ex após o divórcio.
“Eu continuo batalhando pelo meu filho, e acredito na justiça dos homens e na de Deus”, declarou. Ana apontou que, ao longo do tempo, teria sido retratada injustamente como a responsável pelo fim da relação: “Virei a culpada pelo fim do meu casamento, e meu ex-marido, uma vítima. A verdade é que o tempo vai passando e a distorção da realidade nas redes sociais quase que diárias pelo meu ex-marido está dentro da conhecida intenção de fazer a mentira dita mil vezes virar verdade. Mas a verdade é que quem bate, esquece. Ou se faz de esquecido. E quem apanha, não deixa de pensar um dia sequer em tudo que aconteceu”.
Supostos desvios
Hickmann também abordou os impactos financeiros do relacionamento, e mencionou uma dívida milionária que Alexandre teria contraído no nome da apresentadora e a forma como, segundo ela, o ex beneficiou seus próprios familiares com valores supostamente desviados.
“Eu tenho me mantido em silêncio trabalhando muito e cuidando do meu filho para tentar salvar o patrimônio construído ao longo de 25 anos e quase destruído pela irresponsabilidade do meu ex-marido, que dele aproveitou muito bem. Ele e sua família. Todos esses anos de trabalho foram dedicados a dar uma vida segura e confortável ao meu filho, e é muito duro ver que o futuro dele pode ser diferente do que ele merece por culpa de uma das pessoas que mais deveriam zelar por ele”, lamentou.

De acordo com Hickmann, um montante de 40 milhões de reais teria sido passado para contas pessoais de Alexandre. “Eu trabalho desde os meus 15 anos e construí uma carreira sólida com apoio de agências e profissionais muito competentes. Alexandre passou a trabalhar comigo nos últimos anos e até a separação foi o gestor das empresas. Ele já declarou que fez uma má administração, e isso gerou uma dívida de quase R$ 70 milhões. Ele, por sua vez, nunca prestou conta dos R$ 40 milhões que passaram por suas contas pessoais e qual destino deu a todo esse dinheiro”, desabafou.
A ex-assessora de Ana também foi mencionada. “Quem foram os beneficiados pelo meu trabalho, isso eu ainda não sei. Ele se negou a fornecer o material grafotécnico em conjunto com Claudia Helena dos Santos, quem eu sei que foi, sim, sua cúmplice para apuração da falsificação de assinaturas. Até a nossa separação, Claudia tinha minha total confiança, e esteve ao meu lado nos últimos anos de trabalho. Tanto ela quanto ele eram meu apoio pessoal e profissional. Como eu podia desconfiar?”, questionou.
A ex-modelo relatou que Correa se recusa a pagar pensão para o filho do ex-casal, e o acusou de viver às custas do trabalho dela: “Mesmo divorciado, Alexandre continua praticando violência verbal e emocional na mídia contra mim. Eu que sou a mãe do filho dele. E tenta viver às custas do meu trabalho pessoal como fez ao longo desses 25 anos. Além disso, ele se recusa a pagar pensão para o único filho, ainda que faturando alto em torno do divórcio e da minha imagem, sem falar da verba de campanha do fundo partidário”.

Pai ausente e pensão
De acordo com ela, o Judiciário estabeleceu há um ano e dois meses que Alexandre visitasse o filho todas as quartas-feiras, mas o empresário estaria sendo negligente. “Enquanto ele publicava nas suas redes sociais que eu tentava impedir o contato entre os dois, o meu filho esperava ansioso para jantar com o pai. Até essa semana, seriam 56 visitas, no total, mas ele só apareceu uma única vez. A cada 15 dias, ele deveria buscar e levar o filho para passar o fim de semana com ele. A cada 15, ele causava desconforto não só para mim, mas para pessoas que não têm nada a ver com essa situação, com posts em rede social. Para evitar o circo que ele fazia na porta do condomínio, resolvi entregar e retirar o meu filho na porta da casa dele, em São Paulo”, disparou.
A apresentadora detalhou o modelo de pensão que foi determinada a pagar, e que ainda cabe recurso: “Não se trata de pensão alimentícia que todos conhecem pelo fim do casamento. Esse tipo de pensão (alimentícia), ele pediu e não foi concedida, justamente diante do seu comportamento indigno e por ter praticado violência doméstica. A prestação compensatória vinculada à questão patrimonial não se confunde com pensão alimentícia e ainda está em discussão no processo”.
“Por tudo isso, eu peço que não acreditem naquele que se posiciona como vítima. Na verdade, é um agressor que fugiu da cena do crime para não ser preso em flagrante e que, inclusive, reconheceu a violência inicialmente. Esse agressor cometeu inúmeros ilícitos na gestão das empresas. Todas as ilegalidades estão sob investigação. Em breve serão reconhecidas e o levarão a várias condenações cíveis e criminais pelos atos praticados”, concluiu. Assista à íntegra:
Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques