Ana Maria Braga tinha 10% de chance de curar último câncer: ‘Nunca contei isso’; assista

A apresentadora recebeu o oncologista Antônio Carlos Buzaid, responsável por seu tratamento, para falar sobre os benefícios da imunoterapia

No “Mais Você” desta terça-feira (1º), Ana Maria Braga fez uma revelação surpreendente sobre o câncer de pulmão que enfrentou em 2020. A apresentadora relatou que, de acordo com seu oncologista, Antônio Carlos Buzaid, as chances dela se curar da doença giravam entre 10 e 20%.

No desabafo emocionado, Ana contou que, durante o acompanhamento médico, exames revelaram que o câncer havia se espalhado para outras partes de seu corpo, diminuindo as chances de sobrevivência. Anteriormente, a apresentadora de 74 anos já havia sido diagnosticada com a doença no cérebro e nos rins.

“Não existe melhor exemplo sobre a importância da imunoterapia do que o meu. Eu sou uma remanescente dos vários cânceres. Eu tive um câncer de pulmão. E como parte do controle, todo paciente de câncer tem que fazer exames de tempos em tempos. O Dr. Buzaid identificou, no passado, dois tumores pequenos. Fui tratada com uma cirurgia e o outro com radioterapia”, relembrou a loira.

No entanto, seu quadro acabou se agravando significativamente logo depois. “Mas, em janeiro de 2020, a tomografia apresentou um quadro mais grave, pois o tumor já estava metastático, ou seja, estava em outros órgãos do corpo. É um depoimento que eu nunca dei, mas também nunca escondi nada de ninguém”, confessou. A apresentadora evitou falar sobre o assunto publicamente, pois precisava se concentrar em sua recuperação.

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Buzaid – que participou do programa para destacar a importância da disponibilização da imunoterapia no SUS (Sistema Único de Saúde) – então mostrou imagens da metástase (células cancerosas) que Ana teve nos rins e no cérebro.

“Era uma situação preocupante. Tivemos que iniciar quimio com imunoterapia. A porcentagem de ir bem na época era de 10% a 20%. Era grave. É quase impossível a quimioterapia isolada curar alguém. A imonuterapia com a quimioterapia tem uma chance maior de erradicar”, reforçou o especialista.

“Você é a mulher mais calma que eu tenho no consultório, eu não tenho ninguém parecido com você. A minha assistente disse assim: ‘Eu sei porque a Ana é calma’. E eu falei: ‘Por que que a Ana é calma? Porque eu não ficaria calmo assim’. [E ela disse] ‘Porque ela tem muita fé’. E eu falei: ‘Deve ser, não é possível. Ou ela já sabe o futuro e não conta para ninguém’. Você sempre manteve a compostura”, elogiou ele.

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O onocologista apontou, ainda, que a união dos procedimentos durante três anos e meio de tratamento colocaram Braga no caminho da recuperação. “Resolvi, então, misturar esses dois protocolos. E acho que fomos bem. E o mais importante de tudo é que seis semanas depois, o cérebro já zerou. Agora, as chances de cura subiram muito, vão para cerca de 90% e pouco”, garantiu ele, referindo-se aos mais recentes exames da apresentadora.

Por fim, Ana deixou um recado para aqueles que estão enfrentando a doença, e citou uma reflexão que fez em conversa com Heloísa Périssé, que também foi diagnosticada com câncer. “A imunoterapia teve um papel importantíssimo na minha cura. (…) Você está entrando numa guerra. Vou te dar as armas, mas você só vai lutar se fazê-las lutar”, concluiu.

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