Leslie Van Houten, uma das participantes do bando de Charles Manson, um dos criminosos mais notórios do século 20, foi solta nesta terça-feira (11). Ela cumpriu mais de 50 anos de prisão por sua participação em dois assassinatos. Apesar de inicialmente ter sido condenada à prisão perpétua, Houten passará a responder os crimes a partir de agora em regime de liberdade condicional, de acordo com comunicado do Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia.
A criminosa deixou a cadeia em uma cidade perto de Los Angeles, nas primeiras horas da manhã. Segundo a sua advogada, Nancy Tetreault, ela foi levada em seguida para um alojamento provisório. “Ela ainda está tentando se acostumar com a ideia de que isso é real”, afirmou Tetreault à agência de notícias Associated Press.
Nancy ainda contou que é esperado que Houten passe cerca de um ano em uma casa de recuperação para aprender habilidades básicas, como dirigir um carro, ir ao supermercado e obter um cartão de débito. Leslie foi condenada por participar dos assassinatos do comerciante Leno LaBianca e sua esposa, Rosemary, em agosto de 1969.
Van Houten tinha 19 anos quando os crimes aconteceram. Assim, ela era a mais jovem entre os que formavam o grupo de Manson, responsável por uma seita que protagonizou uma matança em Los Angeles, em 1969. O casal foi morto na sua casa e teve o sangue espalhado pelas paredes. No dia anterior, os seguidores de Manson mataram a atriz Sharon Tate e quatro convidados dela, mas Houten não participou deste crime.
Para a Justiça, ela disse que, inicialmente, segurou Rosemary com uma fronha sobre a cabeça enquanto outros a esfaqueavam. Depois disso, ela mesma esfaqueou a mulher por aproximadamente 15 vezes. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou na última sexta-feira (7) que desistiria de tentar barrar a concessão da liberdade condicional de Houten.
“O governador está desapontado com a decisão do Tribunal de Apelação, mas não vai prosseguir com nenhuma ação, já que é improvável que os esforços sejam bem-sucedidos”, disse Erin Mellon, diretora de comunicações do democrata. De acordo com o TMZ, os advogados da assassina alegaram que ela não representa mais uma ameaça para a sociedade. “Ela é uma mulher idosa e doce”, falou a advogada.