Ashton Kutcher esteve em um tribunal nesta quarta-feira (29), e não foi para gravar um novo filme ou série. Pelo contrário, o ator foi uma das testemunhas no julgamento que avaliou as provas e depoimentos sobre uma série de crimes cometidos por um serial killer em Hollywood, no ano de 2001. O marido de Mila Kunis prestou esclarecimentos sobre os acontecimentos na noite da morte de uma das vítimas.
Na época, com apenas 22 anos de idade, o ator tinha marcado um encontro com Ashley Ellegrin, mas a moça foi assassinada cruelmente na mesma noite. O réu, Michael Gargiulo, esfaqueou a garota 47 vezes. Kutcher, que conheceu a garota no ano anterior, tinha marcado um “date” romântico depois que descobriram que ambos estavam solteiros. Quando a garota não apareceu, ele foi até o seu apartamento, mas ela já estava morta.
Em seu testemunho, a estrela de “The Ranch” disse que os planos foram combinados no início da noite para jantar ou beber. Porém, mais tarde o ator tentou falar com ela, mas as ligações não foram atendidas, então ele decidiu ir até a casa da garota por volta das 22h30. Ele bateu na porta e ninguém atendeu, mesmo que as luzes estivessem acessas. “Eu apenas concluí que ela saiu com a amiga e desistiu de mim“, explicou o ator.
Os promotores apresentaram provas de que neste momento Ashley realmente já estava morta. Kutcher ainda apresentou um álibi de que não teria nada a ver com o crime. Antes de ir até a casa da jovem, ele assistia ao “Grammy Awards” na casa da atriz Kristy Swanson. “Eu cheguei a acreditar que ela tinha chegado para o nosso encontro e eu estava atrasado e acabei a chateando“, relembrou.
No dia seguinte ao crime e sabendo o que tinha acontecido, Ashton Kutcher procurou as autoridades para contar o porquê das suas impressões digitais estarem na maçaneta da porta de Ellegrin. “Minhas impressões digitais estavam na porta e eu estava em pânico. Eu disse (a um policial): ‘Deixe-me contar o que aconteceu’“, revelou ao acrescentar que olhou a janela da frente e viu marcas de vinho no chão, porém os promotores afirmaram que na verdade se tratavam de manchas de sangue.
Michael Gargiulo assassinou outras três jovens e está sendo considerado pela justiça norte-americana como um “assassino em série motivado por emoções sexuais“. Ele e Ashley moravam próximos um do outro, e o criminoso apareceu na casa dela sem ser convidado, após ter a ajudado com um pneu furado. Um amigo de Ellegrin garantiu que o viu do lado de fora da residência observando a movimentação na noite do crime.