Ultimamente, a esperança de uma vacina contra a Covid-19 tem sido uma luz no fim do túnel, em meio à tragédia pandêmica – com mais de 185 mil vidas perdidas no Brasil. No entanto, o tópico vacinação ainda divide opiniões. Nesta sexta-feira (18), a atriz Elizangela causou revolta ao comparar a obrigatoriedade da vacina a um estupro.
A atriz, que atualmente está no ar na reprise de “A Força do Querer”, demonstrou ser contra a ideia de que todos precisem tomar o imunizante contra o coronavírus. “Meu corpo, minhas regras”, escreveu ela em um post, no qual compartilhou uma imagem que diz: “Penetração forçada sem consentimento… É estupro”. A publicação foi classificada pelos algoritmos do Instagram como conteúdo sensível, e exibe um alerta aos internautas. Confira:
As falas da atriz repercutiram muito nas redes sociais, rendendo críticas de que ela teria banalizado o estupro. “Não sei o que é mais triste: a campanha anti-vacina, a comparação com um crime nojento, ou atriz tão querida como a Elizangela”, escreveu um usuário do Twitter. “Em um único post, a atriz Elizangela conseguiu banalizar a vacina e o estupro. Irresponsável, cínica e babaca. Parece que o cérebro desse gente tá sendo corroído. Ou a seita é grande pra pensar que nem o acéfalo?”, disparou uma jovem.
Não sei o que é mais triste; a campanha anti vacina, a comparação com um crime nojento ou atriz tão querida como a Elizângela 😔
— P (@pfirmoof) December 19, 2020
Em um único post a atriz Elisangela conseguiu banalizar a vacina e o estupro . Irresponsável, cínica e babaca
Parece que o cérebro desse gente tá sendo corroído . Ou a seita é grande pra pensar que nem o acéfalo ? https://t.co/UNcUkKsrm9
— Victoria Farias ☀️ (@_vickfarias) December 19, 2020
ridícula, ela consegue desvirtuar as duas coisas
— Malvina (@anacronices) December 19, 2020
Muitos lamentaram ao se deparar com a opinião da atriz pelo fato de simpatizarem com ela e com seu carisma. “Putz, eu gostava dela”, disse a usuária Anacronices. Mas outros foram mais incisivos. “A gente deixa de gostar, simples assim. Não tem empatia, não merece meu respeito”, escreveu uma conta em resposta.
A gente deixa de gostar. Simples assim.
Quem não tem empatia, não merece meu respeito.
— Guga (@gagakindur) December 19, 2020
https://twitter.com/leonardopolo/status/1340160804319088642?s=20
Houve também os que demonstraram sua indignação com o posicionamento e buscaram conscientizar sobre o assunto. “Ninguém nos pegará pelo braço e nos levará para tomar vacina. […] A vacina será cobrada quando precisar de algum serviço, companhias aéreas, outros países, etc”, alertou uma internauta, citando a prática que já é comum no Brasil. “Voltamos ao passado, revolta da vacina. Todas as vacinas têm seus riscos… Mas quando você vai por em risco outras vidas ao não tomar [a vacina], alguns conceitos precisam ser revistos”, pontuou outro homem.
Um jovem também tentou argumentar: “Não se trata mais de ideologia ou individualismo, mas de saúde pública. Quando uma pessoa não se vacina, coloca tantas outras em risco, viabilizando a continuidade da pandemia. Essa posição é no mínimo egoísta, pra não dizer irresponsável”. Já uma senhora deixou claro: “Não quer tomar a vacina, não toma, se quer passar mais tempo se resguardando até o país ser vacinado, que fique, a escolha é sua. Eu vou tomar e toda a minha família, e ponto”.
Nos comentários de sua publicação, Elizangela ironizou alguns seguidores que afirmaram que deixariam de acompanhá-la. “Deixando de seguir…”, contou um deles, ao que a artista respondeu: “Por que penso diferente de você? Vai na paz”. Olha só:
depois de debochar de quem tava questionando pic.twitter.com/rAFl6kUoEy
— Malvina (@anacronices) December 19, 2020
No entanto, a atriz afirmou que deve tomar a vacina caso confie nela. “Eu tô orando a Deus pra que ela chegue bem rápido, eu tomo a vacina pra ficar imune até todo mês, melhor que morrer”, desabafou uma seguidora. Então, Elizangela respondeu: “Eu também! Se for confiável”.
É válido ressaltar que todas as vacinas que podem ser utilizadas no Brasil serão analisadas e terão sua eficácia e segurança avaliada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão que está vinculado ao Ministério da Saúde, do governo federal. Caso estudos apontem eventuais problemas, a agência não liberará a vacinação.
Em plena pandemia, o que não vale é disseminar informações falsas, boatos ou coisas sem checar e averiguar. Nessas horas, é fundamental confiar na ciência e, principalmente, nas fontes de informação realmente confiáveis. Apenas assim e com todos os cuidados básicos, teremos chances de nos livrar dessa pestilência que tem abalado o mundo.