A atriz espanhola Ana Obregón vem causando polêmica em seu país, após ter gerado um bebê por ‘barriga solidária’, a partir do sêmen do filho morto. No início do mês, em entrevista à revista “Hola!”, ela contou que Alessandro Lequio, seu único filho, tinha o sonho de ser pai e que este foi o seu último desejo antes de falecer aos 27 anos, vítima de um câncer raro.
À publicação, Obregón negou os rumores de que teria sido mãe pela segunda vez e explicou como se tornou avó. Segundo ela, Alessandro – que faleceu em maio de 2020 -, congelou o próprio esperma antes de iniciar o tratamento de quimioterapia contra o câncer. Assim, após alguns anos tentando conseguir autorizações, ela pôde gerar a criança na barriga de outra mulher, nos Estados Unidos. Na Espanha, o método não é permitido legalmente. “Ela é filha de Aless e, quando crescer, direi a ela que seu pai foi um herói para que ela saiba quem ele é e o quanto deveria estar orgulhosa dele”, afirmou.
“Morri em 13 de maio de 2020 e nasci de novo em 20 de março de 2023 [quando a bebê nasceu], assim mesmo. Agora é minha obrigação ser feliz por ela e além disso, minha estabilidade emocional, neste momento, depende de vê-la crescer feliz”, complementou.
No domingo (9), Ana publicou imagens em que aparece dando mamadeira à neném, batizada como Ana Sara. No post, a loira comparou o momento com a época em que também amamentou Alessandro, há 30 anos. “Quem diria que após 30 anos eu estaria aqui com a sua filha, meu Aless? Queria que você ainda estivesse conosco. Queria que o câncer não tivesse roubado o seu direito de viver, espero que perdoe do céu aqueles que agora negam o direito de viver da sua filha… Obrigada, minha Anita, por me devolver a vida”, escreveu ela.
Depois, a loira divulgou mais fotos da pequena Ana, que completou 3 semanas ontem (11). “Feliz três semanas de vida, minha Anita. Hoje, vamos celebrar com uma visita ao seu pediatra, usando uma roupa muito elegante. Toda de rosa! Está com quatro quilos, é uma gulosa e, eu e seu papai, lá do céu, te amamos infinitamente”, se declarou a avó coruja.
Com toda a repercussão do caso, a atriz recebeu uma série de críticas, tornando-se pauta até mesmo no Parlamento espanhol. “É uma prática que não é legal na Espanha, que é legalmente reconhecida em nosso país como uma forma de violência contra as mulheres”, declarou a ministra da Igualdade, Irene Montero, à imprensa local. Nas redes sociais, internautas chegaram a dizer que o fato de Ana criar a neta como filha era injusto. “Ela provavelmente vai ficar órfã muito cedo… Isso não é nada justo, sabe?”, pontuou uma usuária do Twitter.
Sobre os comentários negativos, a estrela espanhola argumentou que o debate em volta do assunto é “absurdo”, ressaltando que a menina tem cidadania norte-americana. “Essa técnica de reprodução assistida é usada há muitos anos e é legal em muitos países do mundo. Muitos casais que não podem ter filhos ou casais homossexuais ou por qualquer motivo usam esta técnica. Mas que escândalo é esse agora?”, expressou à “Hola!”.