Nesta sexta-feira (7), durante participação no “Mais Você“, Ernesto Rodrigues, autor da biografia “Ayrton: O Herói Revelado (2004)”, falou sobre o relacionamento do tricampeão brasileiro com Adriane Galisteu.
Em papo com Ana Maria Braga, Rodrigues recordou antigas parceiras de Senna e destacou que o romance com a então modelo teve grande influência em sua personalidade.
Segundo o escritor, o ídolo do automobilismo teria se tornado “uma pessoa mais tranquila” com Adriane. “Eu nomearia quatro namoradas principais, além da primeira que eu citei, a Lilian. Teve outra Adriane, que ele namorou ela jovem, manteve o namoro enquanto ia para a Europa. Teve a Xuxa, e uma terceira, a Cristina Ferrati, que ele namorou no período entre Xuxa e Galisteu. Viajou muito com ele, mas [falou] ‘não é a vida que eu quero'”, detalhou.
“E teve a Adriane [Galisteu], que foi um momento diferente da vida do Ayrton, não que ele tenha rompido com a família, o livro não fala isso, e jamais falaria isso, mas foi um momento de emancipação dele. Todo mundo que convivia com ele percebeu que ele ficou mais relaxado”, destacou o escritor.
Além de Ernesto, o jornalista Luís Roberto, que acompanhou de perto a carreira do ídolo do automobilismo, também marcou presença no programa.
O comunicador, que cobriu os feitos do piloto no auge de sua carreira, destacou dois momentos em que soube que Ayrton estava realmente apaixonado por Galisteu. “No GP de Mônaco de 1993, a Adriane vai para Mônaco. Mônaco tem treino quinta, sexta-feira é folga, e o Ayrton tem uma batida na primeira curva depois da avenida principal. Ele bate a mão esquerda, o Ayrton era canhoto para quem não sabe”, recordou Luís Roberto.
“Na quinta-feira, a gente foi para o autódromo porque a gente precisava ter notícia do Ayrton – não era como hoje, que você manda um WhatsApp. Quando a gente estava esperando o Ayrton, ele chega nessa vespinha com a Adriane, e diferente de todas as vezes, por acaso fui eu que perguntei: ‘E a mão?’. Ele era muito profissional, mas falou: ‘A esquerdinha? A esquerdinha tá ótima’. E fez um carinho na Adriane. Foi meio que: ‘Essa é minha mulher agora'”, detalhou. “Depois dessa corrida, essa passagem me emociona, porque era o Ayrton gente”, declarou.
Por fim, Luís revelou que presenciou um momento romântico entre Adriane e Senna, junto com outros repórteres, no aeroporto de Paris. “Na sala de embarque, aguardando um voo da antiga Varig, quando a gente olha pelo vidro, tem um avião, que é o avião do Ayrton. Ele tinha levado para o [aeroporto] Charles de Gaulle o Galvão [Bueno]. O Galvão desembarca, ele e a Adriane descem do avião, dão tchau para o Galvão, o Galvão caminha no sentido do embarque, e os dois ficam na escadinha do avião do Ayrton abraçados”, relatou.
“A gente fica contemplando aquilo e me lembro da gente conversando: ‘Isso é paixão mesmo, ele gosta da Adriane, está apaixonado’. Eu guardo essa imagem com um carinho enorme, porque é uma imagem de amor”, contou ele.
Ernesto, por sua vez, afirmou que Galisteu teria ajudado o piloto a deixar pra trás as tensões do dia a dia. “Ele deu uma relaxada, sem deixar de ser aquele demônio na pista”, ressaltou. “Eram 24 horas, sete dias por semana trabalhando alucinado. Mas era um momento muito especial”, concluiu Luís Roberto. Clique aqui para assistir à entrevista completa.
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