Nem mesmo Madonna ficou imune ao comportamento tóxico de Harvey Weinsten. Em entrevista ao The New York Times, divulgada nesta quarta-feira (5), a rainha do pop abriu o coração para falar sobre o período em que trabalhou com o produtor de filmes. No bate-papo, ela revela que ele “passou dos limites” e disse o que achava sobre o desfecho do caso, quando outros crimes de assédio cometidos por ele vieram à tona.
Prestes a lançar seu mais novo trabalho, o disco “Madame X”, Madonna participou de uma grande matéria que homenageia sua carreira e fala sobre sua vida pessoal. Entre os relatos feitos por ela à equipe do jornal, a artista relembrou como foi a época em que trabalhou com Harvey. “Harvey cruzou a linha dos limites e foi sexualmente paquerador quando estávamos trabalhando juntos. Ele era casado na época e eu certamente não estava interessada“, disse.
No início dos anos 1990, a Miramax, empresa de Weinstein, foi a responsável por distribuir o documentário de Madonna, “Truth or dare”. “Eu estava ciente de que ele fez o mesmo com muitas outras mulheres que eu conhecia no entretenimento. E nós dizíamos, ‘Harvey consegue fazer o trabalho porque ele tem tanto poder, é bem sucedido, seus filmes são tão bons e todo mundo quer trabalhar com ele, então vamos ter que aturar isso’. Foi isso“, revelou.
Quando a repercussão das denúncias chegou ao seu conhecimento, Madonna confessou que ficou aliviada. “Então, quando aconteceu, eu fiquei tipo ‘Finalmente!’. Eu não estava torcendo pelo seu mal, porque nunca vou torcer pelo fim de alguém, não acho que seja um bom karma (para mim), mas era bom que alguém que estava abusando de seu poder por tantos anos fosse chamado e responsabilizado“, completou.
Harvey Weinstein foi acusado de má conduta sexual durante mais de 30 anos de carreira. Ele chegou a ser expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em outubro de 2017, após uma matéria investigativa ser publicada com relatos de mulheres que foram abusadas por ele. O produtor negou todas as alegações de sexo não consensual. Algumas semanas atrás, ele tentou entrar em um acordo com as vítimas no valor de US$ 44 milhões.