Will.I.Am, astro do Black Eyed Peas, afirma ter sido vítima de racismo durante voo e expõe aeromoça nas redes sociais: “Mandou a polícia atrás de mim”

Que situação! Nesta sexta-feira (15), o músico Will.I.Am, do Black Eyed Peas, usou suas redes sociais para reclamar sobre uma “comissária de bordo racista”, que teria lhe tratado com preconceito durante um voo da companhia Qantas no trajeto de Brisbane para Sydney, na Austrália.

De acordo com o cantor, cujo verdadeiro nome é William Adams, a comissária o confrontou no avião e pediu que ele tirasse os fones de ouvidos para escutar os avisos de segurança. Apesar de ter seguido as instruções da aeromoça “rapidamente e com educação”, o artista revelou que a comissária teria chamado cinco policiais para “intimidá-lo” no terminal após o voo.

“Eu estou no meu voo de Brisbane para Sydney. Eu lamento dizer que eu e meu grupo passamos pelo pior serviço graças a uma comissária de bordo extremamente agressiva… Eu não quero acreditar que ela é racista. Mas ela claramente direcionou todas as suas frustrações apenas para as pessoas negras”, ele disse no primeiro de uma série de tuítes.

“Este é o modo como você é recebido quando pousa em Sydney voando na Qantas, com uma #ComissáriadeBordoRacista chamada XXX XXX… Ela mandou a polícia atrás de mim porque eu não conseguia escutar os avisos de segurança enquanto fazia beats no avião, usando fones de ouvido”, Will.I.Am escreveu, anexando na mensagem uma foto de um policial no desembarque. O cantor ainda revelou o nome completo da mulher, o que ocasionou críticas de alguns internautas.

 

De acordo com Will.I.Am, a comissária foi muito rude e chamou a polícia para lidar com ele. “Graças a Deus que outros passageiros testemunharam que ELA estava fora de controle”, ele escreveu em um tuíte direcionado à Qantas.

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Muitos seguidores questionaram se o cantor não estava exagerando, ou se tudo não passava de um “ataque de celebridade”. No entanto, ele garantiu que seguiu a solicitação da aeromoça sobre o fone de ouvido assim que ela pediu. Uma outra passageira que estava no avião se pronunciou sobre o caso e confirmou a história de Will.I.Am: “Não conseguia acreditar no comportamento espantoso da aeromoça. Minhas desculpas em nome da Austrália”.

Após muita conversa com os seguidores, o artista pediu para que eles parassem de atacar a comissária. “Por favor, não mandem ódio… Esse tipo de desrespeito e xingamentos é desnecessário… Eu não apoio abuso e ataques como esses… Eu espero que todo mundo possa ser mais compassivo e compreensivo um com o outro… porque foi falta de compaixão que causou isso”, escreveu, em um tuíte acompanhado do print de um de seus apoiadores atacando a aeromoça.

Sobre dar o nome da comissária de bordo na internet, Will.I.Am disse não estar arrependido: “Se eu fizesse algo errado… ou se eu fosse apenas um pouquinho rude com um FÃ ou um jornalista durante o meu trabalho, eu seria nomeado publicamente… é para isso que o Twitter serve… nós devemos chamar atenção para injustiças, para que possamos ter um mundo mais seguro e compassivo”. 

 

De acordo com o Daily Telegraph, há mais por trás desta história. O jornal entrevistou uma testemunha, que afirmou que os ânimos dentro do avião pioraram quando o guitarrista de 50 Cent, Travis Ferguson, foi informado que teria que despachar seu instrumento ao invés de levá-lo a bordo. O passageiro revelou que Ferguson saiu da aeronave e retornou com sua guitarra, o que levou a uma discussão verbal — que Will.I.Am não ouviu, pois estava com os fones de ouvido. O incidente entre a estrela do Black Eyed Peas e a aeromoça começou logo em seguida.

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Em nota, a Qantas se pronunciou sobre o caso: “Houve um mal entendido dentro do avião, causado por Will.I.Am estar fazendo uso de fones de ouvido e não estando apto a ouvir as instruções da tripulação. Nós refutamos completamente a sugestão que isso tenha sido causado por racismo. Daremos continuidade ao tema diretamente com o Will.I.Am e desejamos o melhor para ele no resto da turnê”.

A Polícia Federal australiana confirmou ao Daily Mail Australia neste sábado (16) que respondeu a um pedido para assistência de uma companhia aérea, em um voo chegando em Sydney de Brisbane, e falou com passageiros e equipe a bordo. “Nenhuma ação adicional foi necessária como resultado. A polícia considera esse assunto encerrado”, disse um porta-voz.