Nesta sexta-feira (20), Bárbara Borges usou as redes sociais para abrir o coração sobre sua experiência como assistente de palco do “Xou da Xuxa”. O textão da atriz veio à tona após a repercussão do documentário “Para Sempre Paquitas”, do Globoplay.
Em publicação no Instagram, Bárbara fez críticas à Xuxa Meneghel e à empresária Marlene Mattos, que na época também atuava como diretora do programa. “EU ME LIBERTO DO MEDO. Eu fui muito fã das paquitas, eu fui uma paquita e eu vi meninas sendo paquitas depois de mim. Eu vivi a realização do meu sonho de infância de ficar ao lado da Xuxa e fazer parte desse mundo encantado da minha fada madrinha aos 16 anos. Eu vivi as dores e as delícias da realidade desse sonho e sempre busquei transformar e curar”, começou ela.
“Hoje, 29 anos depois, foi lançado o documentário ‘Pra Sempre Paquitas’ (…) Ontem eu acabei de ver e preciso compartilhar com vocês o meu sentir… No final do 4º episódio, eu tive uma crise de choro forte e sentida. Eu senti muito a dor das Paquitas, de todas as meninas que eu vi na TV e eram referência pra mim, que eram tudo o que eu queria ser. Eu compreendi muito o que foi aquele momento… senti muito por elas e senti muito também por mim e pelas meninas do meu grupo, minhas irmãzinhas da Nova Geração e as meninas da Geração 2000”, admitiu Borges.
Ela ressaltou que, embora sua geração tenha enfrentado situações “difíceis e traumáticas” nas funções e responsabilidades de ser paquita, as “dores e delícias” de sua vivência foram diferentes.
Borges, no entanto, não poupou apontamento à Xuxa e Marlene. “Chegamos num momento em que Marlene fez seus ajustes para melhorar seu comportamento (não sofremos o mesmo que a geração anterior) e Xuxa seguiu na sua omissão, cegueira e egocentrismo. São muitas histórias dentro de uma mesma história”, ressaltou.
“Por isso, um episódio apenas para mostrar as Paquitas Nova Geração e Paquitas Geração 2000 e ainda com o encontro no ônibus para a participação no ‘Altas Horas’ não dá para se aprofundar e explorar o que vivemos, o que fomos em termos de grupo naquela época, naquele contexto, e muito menos para as questões difíceis e traumáticas que também vivemos. Não tivemos o mesmo “colocar os pingos nos i’s” com a pessoa chave desse sonho: a Xuxa”, afirmou. “E já digo logo para quem quiser distorcer: não estou criticando, é apenas a minha constatação sobre o grupo que eu participei e pelas meninas da Geração 2000”, esclareceu.
Nos comentários, ela continuou o desabafo, elogiando a produção. “Eu gostei muito do documentário, me emocionei revendo a história desse fenômeno que foi ser paquita, do início ao fim. Eu agradeço muito o carinho e gentileza da Catu e de toda equipe comigo. Eu aplaudo muito todas! Todo meu amor, respeito e admiração por cada uma! E como uma integrante das Paquitas Nova Geração eu digo que a amizade que construímos é muito valiosa pra mim! Nós sabemos o que vivemos, nós conquistamos nosso espaço com muita resiliência!”, escreveu.
Após expressar seu carinho pelas ex-colegas e aos fãs, Bárbara também enviou um recado à Meneghel e Mattos: “E pra finalizar, pra Marlene e Xuxa: vocês duas são muito importantes na história da minha vida. Aprendi muito de quem eu sou através de vocês! Foram anos de terapia, foram anos pra me libertar da fantasia e da idealização. Eu enxergo vocês com meu coração, eu tenho vocês no meu coração, já perdoei vocês e sou muito grata por tudo. ME LIBERTO DO MEDO. Talvez você não me compreenda, só peço que me respeite”.