Bela Gil responde padre acusado de intolerância religiosa após citar morte de Preta Gil em missa na Paraíba

Apresentadora se pronunciou sobre as falas do padre contra religiões de matriz africana

Bela Gil, irmã de Preta Gil, fez um pronunciamento a respeito do padre Danilo César, que é investigado por intolerância religiosa após falar sobre a morte da cantora em uma missa. Em uma publicação nos stories do Instagram, nesta quarta-feira (30), a apresentadora descreveu o caso como “absurdo”.

Em seu perfil, Bela repostou uma publicação feita pelo filósofo Leandro Karnal, que criticou o religioso e o chamou de “cruel e preconceituoso”. “É cada absurdo que a gente precisa ouvir. Seu padre desrespeitoso”, escreveu Bela.

(Foto: Reprodução/ Instagram)

O caso aconteceu no último domingo (27), na Paróquia de Areial, na Paraíba. Durante a missa, o padre mencionou a morte de Preta Gil: “Eu peço saúde, mas não alcanço saúde. É porque Deus sabe o que faz. Se for pra você morrer, vai morrer. E Deus sabe o que é melhor pra você. É difícil a gente entender isso. Como é o nome do pai de Preta Gil? Gilberto. Gilberto Gil fez uma oração aos orixás. Cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil? Já enterraram?”.

Danilo ainda condenou a aproximação de fiéis com religiões de matriz africana. “E tem católico que pede essas coisas ocultas, eu só queria que o diabo viesse e levasse. No dia seguinte quando acordar lá, acordar com calor no inferno, você não sabe o que vai fazer. Tem gente que não vai aqui (Areial), mas vai em Puxinanã, em Pocinhos, mas eu fico sabendo. Não deixe essa vida, não, pra você ver o que acontece. A conta que a besta fera cobra é bem baratinha”, declarou.

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A Associação Cultural de Umbanda, Candomblé e Jurema Mãe Anália Maria de Souza denunciou as falas do padre por intolerância religiosa. “Deus é amor e respeito ao próximo. E infelizmente esse senhor que se diz sacerdote prega o ódio e o preconceito. e ainda amedronta em pleno culto em sua igreja”, disse a entidade em nota.

A Polícia Civil confirmou ao g1 que outros dois boletins de ocorrência foram registrados contra o padre. Ambos serão analisados na mesma investigação, que deve ouvir as testemunhas do ocorrido e, posteriormente, o próprio réu.

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Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (30), a Diocese de Campina Grande, responsável pela paróquia comandada por Danilo, afirmou que o sacerdote “irá prestar todos os esclarecimentos necessários aos órgãos competentes”. “A Diocese reitera seu compromisso com os direitos constitucionais da liberdade de crença e de culto, da igualdade e não discriminação religiosa, do direito à honra e à imagem dos mortos e do princípio da dignidade da pessoa humana”, diz a nota.

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