Bianca Censori foi acusada de enviar vídeos pornográficos para menores de idade da Yeezy. Em documentos judiciais obtidos pelo TMZ, a esposa de Kanye West teria enviado um link com conteúdo sexual explícito para um funcionário. A acusação vem após o anúncio do rapper sobre o lançamento de seu negócio de filmes adultos, “Yeezy Porn”, em abril deste ano.
Aberto em um Tribunal Distrital dos Estados Unidos, o processo nomeou Ye e seu ex-chefe de gabinete, Milo Yiannopoulos, como réus. Candidato à presidência em 2020, o cantor recrutou o ativista de extrema-direita para contribuir em sua campanha naquela época. Os dois foram acusados de fazer falsas promessas de pagar seus funcionários adultos e menores de idade; além de forçá-los a trabalhar longas horas enquanto eram ridicularizados com comentários racistas e chamados de “novos escravos”.
De acordo com o TMZ, o rapper decidiu lançar o aplicativo de serviço de streaming YZYVSN para rivalizar com o Tidal, Spotify e Apple Music. Segundo o processo, Kanye queria evitar pagar essas empresas para promover os seus novos álbuns, “Vultures”, e “Vultures 2”. Ele e Milo, supostamente, contrataram um grupo internacional de desenvolvedores composto por pessoas negras, que também incluía adolescentes menores de 14 anos.
Os documentos afirmaram que a maioria dos funcionários trabalhava remotamente, mantendo comunicação constante com Ye, Milo e sua equipe por meio de aplicativos de comunicação digital e online, como o Discord, Zoom e Slack. O ativista, por sua vez, teria prometido pagar US$ 120.000 ao grupo de desenvolvedores depois da conclusão do aplicativo, se eles concordassem e não reclamassem das condições de trabalho.
Entretanto, a ação judicial apontou que o rapper ordenou que todos os funcionários assinassem acordos de sigilo, ameaçando demitir os menores e recusando-se a pagá-los, caso não fizessem o combinado. O processo afirmou que o ambiente de trabalho acabou se tornando hostil, com “trabalho forçado e tratamento cruel, desumano ou degradante“.
Segundo o documento, os gestores brancos usaram linguagens de assédio contra os subordinados no que diz respeito à idade, raça, gênero, orientação sexual e origem nacional. Alguns membros da equipe teriam sido chamados de “escravos“, enquanto outros foram classificados como “novos escravos“.
Acusações contra Bianca
Ye aproveitou essa equipe de funcionários para desenvolver o “Yeezy Porn”, no final de abril. Neste período, Bianca enviou a um funcionário, um link de compartilhamento de arquivos contendo cenas de sexo “intenso“, segundo os documentos. Os menores de idade não foram impedidos de ver os vídeos obscenos enquanto desenvolviam o aplicativo pornô.
Apesar disso, Censori não foi listada como ré na ação judicial. Em maio deste ano, a equipe teria apresentado um dos aplicativos finalizados. No entanto, Ye e Milo supostamente nunca pagaram os funcionários pelo trabalho, o que os levou a abrir o processo.
Ainda segundo o TMZ, a ação pede indenização por salários não pagos e horas extras, além de sofrimento emocional. Kanye, Milo e Bianca não se manifestaram sobre as acusações.
Outros processos
Este não foi o primeiro processo contra Kanye nos últimos meses. Em junho, o Page Six revelou detalhes da denúncia de Lauren Pisciotta, ex-assistente do cantor. Ela processou Ye por assédio sexual e demissão injusta. Segundo o veículo, Lauren revelou que o rapper tinha a mania de enviar mensagens de texto no celular não solicitadas, com teor inapropriado, falando abertamente sobre a sua vida sexual.
Em abril deste ano, Benjamin Deshon Provo, ex-funcionário do rapper, o acusou de racismo no ambiente de trabalho. Ele também afirmou que o cantor repreendia os empregados negros com frequência, diferentemente dos brancos, e disse que foi ridicularizado por usar dreads no cabelo. Saiba mais detalhes, clicando aqui.