Blake Lively criticou a tentativa de Justin Baldoni de arquivar o processo movido por ela, segundo o The Wrap. A equipe jurídica da atriz entrou com uma moção nesta quinta-feira (4), pedindo que o tribunal rejeite a solicitação do ator e diretor de “É Assim Que Acaba“. Além disso, a intérprete de Lily Bloom exigiu que o caso “siga para julgamento”.
Na petição, a defesa de Blake argumentou que Baldoni está tentando “evitar a responsabilidade” por seus atos. “Em sua mais recente tentativa de evitar a responsabilização pelo ambiente hostil que criaram durante a produção e o marketing de ‘É Assim Que Acaba’, Justin Baldoni, [o CEO da Wayfarer Studios] Jamey Heath, [o cofundador da Wayfarer Studios] Steve Sarowitz e seus co-réus pedem a este Tribunal que os proteja do julgamento e negue a Blake Lively o direito a um julgamento justo, usando todos os recursos disponíveis contra as alegações de assédio sexual e retaliação de Lively”, declarou.
Lively ainda manteve suas acusações de assédio sexual, condições de trabalho hostis e uma campanha difamatória orquestrada. A estrela também afirmou que as “teorias dispersas de Baldoni e seus associados desmoronam sob o peso das provas esmagadoras, em documentos e depoimentos de inúmeras testemunhas”.
“Esta não é, como alegam os réus, uma história de pequenos incômodos alimentados por divergências criativas, mas sim a de um ambiente tóxico. Os réus criaram um ambiente hostil e, quando confrontados com reclamações, abandonaram as políticas da Wayfarer, recusando-se a investigar as queixas”, detalhou.

Os advogados de Blake insistiram que Baldoni e seus colegas da Wayfarer “partiram para o ataque, alegando serem vítimas de um ‘valentona’ que ‘fabricou’ queixas para ‘assumir o controle do filme'”, ao invés de tentarem “limpar seus nomes”. “A estratégia jurídica dos réus tem repetido a inversão dos papéis de vítima e agressor. Eles atacaram propositalmente, repetidamente, sorrateiramente e diretamente o caráter e a reputação de Lively”, alegaram.
“A campanha dos réus para transformar Lively — mãe de quatro filhos com décadas de experiência na indústria, que simplesmente buscava um ambiente de trabalho seguro e respeitoso — em uma ‘valentona’ que ‘tomou conta’ do filme de Baldoni não é uma defesa contra assédio, retaliação, difamação ou qualquer outra alegação feita por Lively”, salientou a equipe da atriz.
A defesa ainda sustentou que Justin e sua equipe usaram seu controle executivo e artístico sobre “É Assim Que Acaba” para criar um ambiente tóxico e desequilibrado. “Lively pode ser uma estrela de cinema, mas no set do filme, Heath e Baldoni eram seus chefes, com total poder concentrado”, pontuou.

“Eles definiam sua agenda e seu salário, compareciam e gerenciavam o set todos os dias, eram responsáveis por receber e tratar das questões de RH e tinham o poder de influenciar as condições de trabalho de Lively. Heath e Baldoni também se aproveitaram de sua estreita amizade para ‘agir com certo grau de impunidade’ e acobertar as irregularidades um do outro”, acusaram os advogados de Blake, por fim.
Caso o tribunal aceite a petição de Lively, o processo deverá seguir para a fase de julgamento. O início está previsto para março de 2026.
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