Blake Lively apresentou uma nova moção contra Justin Baldoni nesta segunda-feira (8), pedindo que o diretor de “É Assim Que Acaba” lhe pague uma indenização multimilionária após abrir um processo considerado “frívolo”, no qual a acusava de difamação.
Na ação, os advogados de Blake argumentaram que o valor servirá para cobrir os honorários e custos advocatícios. Ela também buscará indenização tripla por danos econômicos, emocionais e psicológicos, bem como indenização punitiva por abuso do sistema judicial.
Segundo a Variety, Lively planeja apresentar as provas para determinar quanto deve receber e quer que o tribunal aja rapidamente para definir o valor. A atriz também gostaria que a decisão acontecesse antes do julgamento contra Justin, marcado para março de 2026, em Nova York.
A estrela de “Gossip Girl” se baseia na Lei de Proteção às Vítimas de Processos Judiciais por Difamação, assinada pelo governador Gavin Newsom em 2023. Em sua moção, ela afirmou que a medida “garante que indivíduos que sofrem assédio sexual ou retaliação possam compartilhar suas experiências com tribunais, órgãos, imprensa e outros, sem medo de serem processados por isso”.

A lei também concede imunidade a denunciantes que tenham “fundamentos razoáveis para apresentar uma queixa, sem malícia”. Neste caso, os advogados de Blake argumentam que os critérios foram atendidos.
“A Sra. Lively não deve ser pressionada ou obrigada a prevalecer nas reivindicações do seu próprio caso para obter os danos a que tem direito nos termos da Seção 47.1. Além disso, quantificar os danos da Seção 47.1 servirá ainda mais ao objetivo estatutário e à política pública subjacente, ao dissuadir a conduta litigiosa retaliatória que as Partes Wayfarer continuam a praticar, apesar de suas reivindicações terem sido indeferidas com prejuízo”, declarou a defesa da artista na moção.
Em junho deste ano, o juiz Lewis J. Liman já havia concedido uma vitória à Lively ao rejeitar o processo de R$ 2,4 bilhões movido por Baldoni. No entanto, o magistrado ainda não decidiu se a Lei de Proteção às Vítimas se aplica ao caso. Os advogados de Justin, por sua vez, afirmaram que não.

“Lively inventou suas alegações de assédio sexual, seja de forma generalizada ou exagerando interações benignas (e não assediadoras), em um esforço concertado e malicioso para assumir o controle do filme e, posteriormente, restaurar sua reputação após uma série de erros de marketing amplamente divulgados que a mancharam”, apontaram os advogados de Baldoni em um documento apresentado no início deste ano.
A equipe salientou que, para determinar a aplicação da lei da Califórnia, Liman teria que, essencialmente, interromper o julgamento ao decidir sobre questões factuais controversas. Eles acrescentaram que a norma impede os litigantes de apresentar argumentos de boa-fé e, portanto, “restringe de forma inadmissível o exercício dos direitos garantidos pela Cláusula de Petição da Primeira Emenda”.
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