Hugo Gloss

Blake Lively expõe suposto plano de difamação da equipe de Justin Baldoni, que envolvia nomes como Taylor Swift, Leighton Meester e Hailey Bieber

Foto: Getty

Blake Lively, que viveu Lily Bloom no filme “É Assim Que Acaba“, entrou com uma ação judicial contra Justin Baldoni, diretor e colega de elenco da produção, no último sábado (21). O processo acusa Baldoni de assédio sexual, criação de um ambiente de trabalho hostil e o planejamento de uma “campanha de difamação” para prejudicar a reputação da atriz.

De acordo com documentos obtidos pelo Daily Mail, Lively anexou no processo um suposto “planejamento de cenários” elaborado pela equipe de gestão de crise de Baldoni. O documento detalharia estratégias para desviar críticas à reputação do diretor, envolvendo o uso de histórias do passado de Lively e a inclusão de nomes de alto escalão em Hollywood, como Taylor Swift, Hailey Bieber, Leighton Meester, Anna Kendrick e até Ben Affleck.

Cenários hipotéticos e menções a celebridades

O nome de Leighton, ex-colega de elenco de Blake em “Gossip Girl“, de 2007 a 2012, surgiu em resposta a um dos “cenários hipotéticos” aos quais a equipe de gestão de crise de Baldoni tentou prever. O planejamento sugeria que jornalistas poderiam ser incentivados a investigar relações de trabalho passadas da atriz com Meester, Anna Kendrick e Ben Affleck, caso ela comentasse publicamente sobre problemas com Baldoni durante a divulgação de “É Assim Que Acaba” – seja em um artigo de opinião, entrevista ou outro meio midiático.

“Esses textos provavelmente surgirão após qualquer potencial matéria negativa e/ou cobertura da estreia”, ressaltou o documento anexado ao processo. “Nossa abordagem recomendada seria fornecer aos repórteres que entrarem em contato para comentários, caso fique óbvio que ela está se referindo a você, as informações de contexto apropriadas (listadas no Cenário 1) para garantir que as histórias sejam equilibradas e que as especulações possam ser direcionadas a outra pessoa com quem ela teve problemas de trabalho (Leighton Meester, Anna Kendrick, Ben Affleck, etc)”, explicou a equipe.

O time se referia aos rumores da época da série teen, sobre supostos conflitos entre Lively e Meester nos bastidores, causados por “diferenças de personalidade”. Embora as duas atrizes nunca tenham falado extensamente sobre sua relação, a dupla — assim como o produtor executivo Joshua Safran e a atriz Michelle Trachtenberg — negou qualquer rivalidade entre os membros do elenco à Vanity Fair, em 2017.

Blake Lively e Leighton Meester com os colegas de “Gossip Girl”, Chace Crawford e Ed Westwick. (Foto: Divulgação/CW)

Outro alvo do time de Baldoni seria Anna Kendrick, que dividiu a tela com Lively no longa “Um Pequeno Favor”, de 2018. Durante a divulgação da produção, a imprensa norte-americana revelou boatos de que a dupla tinha uma “relação tensa”. Os rumores ganharam ainda mais força quando fãs apontaram um suposto desconforto das atrizes durante as entrevistas.

Contudo, Kendrick chegou a se manifestar sobre o assunto, quando questionada sobre uma possível sequência de “Um Pequeno Favor”. A atriz garantiu que mantinha uma “boa relação” com Blake, mas ressaltou que, por morarem em locais diferentes, não se encontravam com frequência. Anna também citou um encontro recente com Blake, descrevendo-a como “adorável” e “muito divertida”.

Anna Kendrick e Blake Lively em “Um Pequeno Favor”. (Foto: Divulgação/Feigco Entertainment, Lions Gate Entertainment, Bron Studios)

O terceiro nome citado foi Ben Affleck, com quem Lively trabalhou no filme de ação “Atração Perigosa”, em 2010. Embora Affleck tenha elogiado a atriz em entrevistas na época, o planejamento de crise considerava a possibilidade de explorar detalhes do passado para desviar críticas direcionadas a Baldoni.

Blake Lively e Ben Affleck em “Atração Perigosa”. (Foto: Reprodução/Warner Bros)

Preocupação com Taylor Swift e atitude de Ryan Reynolds

Taylor Swift, amiga próxima de Lively, foi outro nome destacado no processo. A equipe de Baldoni teria expressado preocupação com possíveis manifestações públicas de apoio de Swift à atriz. Em um e-mail enviado em 6 de agosto, um dos especialistas contratados pelo ator expressava preocupação sobre a repercussão do caso e também com a intensidade de seus fãs e o engajamento online.

A ação aponta, ainda, que a equipe de Baldoni planejava “plantar histórias” contra Lively e Swift, incluindo narrativas sobre o “uso estratégico do feminismo” como forma de intimidação.

Por fim, Hailey Bieber foi citada pelo próprio Baldoni. Em comunicações com sua equipe, o ator fez referência a uma antiga publicação sobre esposa de Justin Bieber no X (antigo Twitter), que fala sobre o “histórico de Hailey Bieber em intimidar mulheres”, e escreveu para sua equipe: “É disso que precisamos”.

Blake e Taylor são amigas de longa data. (Foto: Reprodução/Instagram)

Entre outros anexos inclusos na ação judicial, estava uma troca de mensagens entre Baldoni e sua equipe sobre Ryan Reynolds, marido da atriz. As mensagens, datadas de maio de 2024, confirmam que Reynolds bloqueou Baldoni nas redes sociais. Além do perfil pessoal do ator, ele também bloqueou a produtora de Baldoni, a Wayfarer Studios, no Instagram.

Baldoni manifestou preocupação com a possibilidade de Lively adotar a mesma postura, o que poderia expor publicamente as tensões nos bastidores. Em mensagens anexadas à denúncia, o diretor expressou receio sobre a repercussão entre os fãs. “Precisamos de um plano caso ela faça o mesmo quando o filme for lançado”, escreveu o ator ao seu assessor de imprensa. “Quero que vocês tenham um plano. Planos me deixam mais tranquilo”, acrescentou.

Blake Lively e Ryan Reynolds na estreia do filme “É Assim Que Acaba” (Foto: Getty)
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