Brad Pitt é a capa de agosto da GQ, e abriu o coração sobre assuntos pessoais que têm rondado sua carreira nos últimos anos. Além de lembrar o período conturbado após seu divórcio de Angelina Jolie, oficializado em 2019, o astro falou sobre seus vícios durante a pandemia e revelou o que espera dos próximos anos.
Entre as mudanças radicais que encarou, Brad conseguiu parar de fumar. Segundo o ator, ele percebeu que apenas diminuir a quantidade de cigarros não seria o suficiente. “Eu não tenho essa capacidade de fumar apenas um ou dois [cigarros] por dia. Isso não está ao meu alcance. Eu estou completamente envolvido. E eu vou dirigir direto para o chão. Perdi meus privilégios”, afirmou.
A nicotina não foi o único vício enfrentado. Depois que Angelina Jolie pediu o divórcio, em 2016, ele ficou “sóbrio” e passou cerca de um ano e meio frequentando um grupo de “Alcoólicos Anônimos”. “Eu tinha um grupo de homens muito legal aqui que era muito particular e seletivo, então era seguro. Porque eu tinha visto coisas de outras pessoas que foram gravadas enquanto elas desabafavam, e isso é simplesmente apavorante para mim”, contou.
O ator também falou sobre um problema com o qual se depara ambientes sociais, principalmente em festas. “Sempre me senti muito sozinho na vida. Sozinho crescendo quando criança, sozinho mesmo agora, e só recentemente eu tive um maior acolhimento dos meus amigos e familiares”, disse.
No bate-papo, assinado pela escritora estadunidense Ottessa Moshfegh, Pitt revelou acreditar que sofre de uma condição específica chamada “prosopagnosia”, uma incapacidade de reconhecer os rostos das pessoas. Por causa disso, o astro teme que todos o considerem distante, inacessível e egocêntrico, quando ele apenas se sente “constrangido” por não reconhecer alguém.
Aos 58 anos, Brad Pitt já projeta seus próximos passos na carreira. Atualmente, ele concentra sua presença mais por trás das câmeras, como produtor. Além de apoiar diretores e autores em ascensão, Pitt ajuda a colocar grandes projetos em prática. Para a GQ, ele contou que está tentando pensar cuidadosamente sobre o que está por vir: “Eu me considero na minha reta final, neste último semestre ou trimestre. O que vai ser essa parte? E como eu quero projetar isso?”.
Parte do processo de finalizar, para ele, é explorar seus sonhos e os significados que eles passam. “Aqui na Califórnia há muita conversa sobre ‘ser o seu eu autêntico’. [Para mim] já estava chegando ao ponto de reconhecer aquelas cicatrizes profundas que carregamos”, afirmou.