Brad Pitt revela ter falhado em levar uma “vida interessante” nos anos 90, e afirma que não fará campanha para ganhar Oscar: “É um desserviço”

Brad Pitt tem uma das carreiras mais bem-sucedidas de Hollywood. No entanto, duas décadas atrás, o ator não sentia que sua vida pessoal ia tão bem quanto a profissional. Em entrevista para a revista GQ, da qual é a capa de outubro, o astro de 55 anos falou sobre o que o levou a aceitar o papel do dublê Cliff Booth em “Era Uma Vez… em Hollywood”.

“Bom, é sobre trazer a minha experiência pessoal, o meu senso de humor pessoal, meus, hm, constrangimentos pessoais, e minhas dores pessoais”, analisou. “Quando eu vejo Christian Bale ou Tom Hardy, eu não posso fazer o que eles fazem. Eu amo assisti-los, mas eu não poderia fazer o papel deles. Eu quero que aconteça a mesma coisa ao contrário”, acrescentou.

Brad revelou que, apesar de seu sucesso artístico precoce, ele se sentia vazio na vida pessoal no início de sua carreira. “Eu cheguei a um ponto no final dos anos 90 e início dos anos 2000, em que eu percebi que estava indo atrás de papéis interessantes, porém estava falhando em viver a vida interessante que eu achava que podia viver”, afirmou.

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Apesar de não lembrar o exato momento em sua vida ou o exato filme que mudou seu modo de pensar, ele atribui isso a ficar mais velho. “Você se torna mais ciente do tempo, e você tem mais experiências, boas e ruins, com as pessoas. E as suas vitórias e perdas — quanto mais velho você fica, elas não parecem mais vitórias e perdas. Com quem você passa o seu tempo, como você passa o seu tempo — isso simplesmente se tornou muito mais importante para mim”, afirmou.

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Mesmo que Brad afirme que ainda gosta de atuar, ele se sente mais confortável passando tempo atrás das câmeras. Ao longo dos anos, ele produziu diversos filmes através de sua produtora, a “Plan B”, incluindo “12 Anos de Escravidão”. “Havia tanta ênfase em encontrar personagens interessantes. Eu fiquei: “F***-se, cara. Viva uma vida interessante e o resto vai se resolver’. Tipo, você sai para a rua e você… vive uma vida interessante. Sai e tem experiências reais”, disse. De acordo com o galã, isso sim que molda o seu trabalho, ao invés de achar um papel interessante e tentar preenchê-lo. “Me tornei mais consciente de como eu estava vivendo”, completou.

Apesar de todo ator sonhar com um Oscar — e Brad ter boas chances de ganhar um por sua performance nos filmes “Era Uma Vez… Em Hollywood” e “Ad Astra” —, ele não irá fazer campanha este ano para conquistar o famoso troféu. Em entrevista à Entertainment Weekly, Brad deixou claro que esta não é sua prioridade. “Ah, cara. Eu vou me abster”, afirmou. E acrescentou: “Quero dizer, você nunca sabe, e é realmente legal quando os seus números sobem. Mas a meta é para o filme ser bem sucedido, para significar algo para alguém, seja agora ou em uma década. Eu acho que [ir atrás do Oscar]  é um desserviço à pureza de contar uma história”. 

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A atuação de Brad em “Ad Astra” recebeu muitos elogios da crítica especializada. No entanto, os prognósticos para o Oscar são de que o astro tem mais chances de vencer a categoria de “Melhor Ator Coadjuvante” por “Era Uma Vez… Em Hollywood”. Se a decisão de Brad afetará suas chances de vencer a premiação, só o tempo dirá!