Sincerona! Bruna Marquezine está em uma nova fase de sua vida, seja profissionalmente, com a série “Maldivas”, que estreia na Netflix em 2021, seja no visual, com seu novo corte de cabelo. Em entrevista para “O Globo”, publicada neste domingo (13), a atriz celebrou o momento especial, e ainda abriu o coração sobre depressão, a importância da terapia e o que sente sobre as perguntas que as pessoas fazem sobre Neymar, seu ex-namorado.
A atriz movimentou a internet algumas semanas atrás, com o anúncio da produção da Netflix em que atuará com sua BFF Manu Gavassi. Para a nova personagem, Bruna fez um corte de cabelo diferente que tem recebido muitos elogios. “Fiz uma transição capilar e precisava tirar o resto de química dos fios. A única maneira era fazer em camadas. Fiquei com medo de ficar parecida com um poodle, mas acho que ficou cool. E, o que é melhor, não sou mais escrava de escova progressiva”, contou.
Ao fazer um balanço de seu ano, Bruna revelou que teve muitos momentos positivos. “Ao mesmo tempo que foi um ano muito difícil, eu seria hipócrita se dissesse que foi um ano ruim… É difícil ser grata por um ano em que tanta gente sofreu e morreu. Me sinto até culpada. Enfim, 2020 foi bem complexo“, analisou.
Mesmo com a vida agitava, a artista contou que procura ter tempo para cuidar de sua saúde mental sempre que possível. “Procurei uma terapeuta quando tive depressão, há uns três, quatro anos. O problema é que, como não tenho rotina e, na minha profissão, é tudo de uma hora para outra, tenho uma dificuldade enorme de me priorizar. As questões emocionais deixo de lado, para quando a vida ficar um pouco menos agitada. Desapareço umas semanas, depois marco uma consulta“, disse.
“Cresci diante dos olhos do público, e isso me fez criar uma consciência muito grande sobre o olhar do outro. Além da minha observação, que é extremamente crítica. Eu sou a minha pior hater. Comecei a trabalhar numa época na qual me ensinaram que o certo era construir uma imagem perfeita“, pontuou Bruna.
A atriz analisou que, antigamente, os artistas não gostavam de mostrar suas vulnerabilidades. “Eu detesto quando falam que sou exemplo. Não sou modelo para ninguém. Sou só mais uma mulher de 25 anos, trilhando o seu caminho, aprendendo diariamente como lidar com tudo isso. Eu acho que ajudo muito mais quando falo sobre depressão do que quando estou de bonita no meu Instagram“, afirmou.
A musa definiu que uma de suas maiores questões a ser trabalhada é a insegurança. “Sempre entro numa sala achando que a pessoa me detesta. É o mecanismo de defesa que criei. Então, me freio muito. A minha insegurança é mais comigo mesma do que com o outro“, contou.
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O fato é que o público está sempre ligado na vida de Bruna, seja no campo profissional ou no pessoal. A vida amorosa da atriz, por exemplo, constantemente estampa revistas e canais de fofocas. Seu relacionamento mais conhecido foi com o jogador Neymar. O romance chegou ao fim, mas o nome de um é sempre lembrado quando se fala do outro. Em relação a isso, Marquezine se disse frustrada.
“Nunca fiquei ressentida nem magoada, eu ficava frustrada. Simplesmente pelo fato de que eu dava entrevistas gigantes abordando assuntos relevantes, principalmente para falar sobre meu trabalho, que é o que eu tenho de mais precioso para trocar com o próximo, e sempre deixavam essa pergunta para o final… E era sempre muito frustrante ver a chamada da entrevista resumida a um namoro“, disse sobre antigas entrevistas.
“Eu sentia que tinha perdido meu tempo, depois de horas falando sobre coisas que amo falar. É muito bom ouvir perguntas relevantes e saber que vocês querem saber da Bruna. Entendo que as pessoas têm interesse na vida pessoal das outras, eu mesma trabalho a minha mente e estado de espírito para ter cada vez menos interesse na vida alheia“, continuou.
“Quantas vezes ouvi: ‘Desculpa, mas tenho que te perguntar sobre ele’. Já faz mais de três anos que eu não me relaciono com essa pessoa, mas muita gente ainda tem necessidade de atrelar a minha imagem à dele e a dele à minha. Mas acredito que um dia isso acabe“, afirmou a atriz.
Bruna disse, porém, que está muito bem solteira. “Quase não consigo me ver hoje com alguém. É claro que amanhã isso pode mudar. Até porque, quando eu me encanto, por mais que não namore, fico parada ali. Não tenho necessidade de ir para outra pessoa para ver como é“, analisou.
A falta de sexo, para ela, não é um problema. “Sexo é a maior troca de energia entre seres humanos. Não transo só pelo prazer. Se for por isso, tem outras maneiras de se satisfazer sozinha. Não consigo banalizar. Escuto muito isso: ‘Ser solteiro está foda!’. Eu falo: ‘Gente, estamos em 2020, ninguém tem um vibrador?’“, questionou.
“Só consigo me relacionar com quem eu confio, admiro e conheço, pelo menos, um pouco. Mas não julgo. Cada um vive de acordo com as suas escolhas. Essa é a minha“, encerrou.