Caio Blat contou detalhes sobre seu relacionamento com Luisa Arraes. Em entrevista ao videocast “Desculpa Alguma Coisa” desta quarta-feira (11), o ator afirmou à Tati Bernardi que os dois não definiram uma relação aberta. “A gente acredita que ao longo dos anos a pessoa pode ter encontros, desejos“, declarou ele.
Os atores estão juntos desde 2017. Eles moram no mesmo prédio, entretanto, em apartamento separados, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. “A gente não tem uma relação aberta, a gente nunca falou sobre isso, nunca afirmou isso. O que a gente tem é uma relação longa, e a gente acredita que ao longo dos anos a pessoa pode ter encontros, desejos. Não precisa se separar por isso, então nós não temos uma relação aberta. Nós temos uma relação de respeito, de amizade“, afirmou.
Caio disse que ambos já tiveram “encontros” ao longo do relacionamento. “A gente conversa sobre isso, a gente fala como vamos lidar com isso. Não precisamos nos separar, podemos ser vizinhos, amigos, trabalhar juntos, sermos casados. Eu acredito que todos os casais que querem ficar juntos por muito tempo vão passar por essa situação. Todo mundo tem encontros e desejos. O casamento passa por fases de desgastes“, opinou.
Ele também comentou sobre a não-monogamia. “Acho que o modelo monogâmico tem uma coisa de machismo, de patriarcado, de posse. E é muito triste você ir pra uma coisa de traição, de mentira, de mágoa. Então, eu acho que precisamos buscar sempre o diálogo, sempre a solução, lidando com cada situação com respeito e verdade. E que todos cresçam juntos“, refletiu.
Ainda, o ator acredita que o “ciúme” é um sentimento “horrível”. “O medo de ser trocado. O ciúme é uma coisa terrível, que poda, que envenena a relação. É terrível, é um ensinamento, é um aprendizado. Cada dia é diferente, cada situação é diferente. Não existe uma fórmula“, ressaltou. Assista:
Machismo e antigas relações
Em outra parte da entrevista, Caio revelou o que aprendeu com suas antigas companheiras, a cantora Preta Gil e a atriz Maria Ribeiro. “Eu não sei nem numerar o tanto que eu aprendi com as minhas mulheres, começando com a Preta, com quem eu tive um casamento bem novo, aos 20 anos. Ela é uma das mulheres que eu mais amo e admiro. Durou um ano. Eu sou completamente grato, apaixonado, orgulhoso de ter tido esse relacionamento com ela“, elogiou.
“A Maria, com quem eu tive filho, me casei na igreja, de branco. Nós construímos uma casa juntos, trabalhamos juntos, fizemos filmes juntos. E aprendi demais, porque a gente vem de uma cultura machista dos anos 90. Eu, com 18 anos, fui elevado a uma posição de galãzinho, de receber milhões de cartas, ser capa de revista. Então você fica achando que você está arrasando, que todo mundo te admira. E a gente traz da nossa educação e dessa cultura do galã, de ser famoso muitas distorções. Então, foram muito importantes as minhas mulheres pra me ajudarem a repensar isso“, pontuou o ator.
Ele afirmou ter aprendido sobre “cumplicidade, respeito pela mulher, fidelidade e entender o papel da mulher”. Ainda, Caio contou que leva broncas de Arraes sobre o tema. “A Luisa me dá muita cajadada na cabeça, me mostrando meu machismo em vários pontos, em várias situações. Eu tenho 13 anos a mais que ela, então é uma outra geração, que é muito mais consciente disso“, falou o artista.
Piadas com nudez
Para complementar, Caio voltou a opinar sobre a polêmica envolvendo Marcelo Serrado, que fez comentários sobre as partes íntimas do ator, em entrevista ao “Surubaum”. “Não me chateou, de maneira nenhuma. Marcelo Serrado é meu irmão, estávamos num programa de brincadeira, de piada. Ele tem toda liberdade para brincar comigo. A gente passou sete meses gravando essa novela, ‘Beleza Fatal’, onde os nossos personagens faziam ‘surubas’ juntos, o tempo todo“, explicou.
“O que eu respondi depois, numa entrevista, é que essa cultura de ficar falando da genitália é uma babaquice. O jornalista me disse: ‘Ele te fez um elogio’. E eu falei: ‘Eu não acho isso um elogio’. Mas eu não estava respondendo ao Marcelo, eu estava respondendo ao jornalista. Eu não acho isso um elogio, não acho agradável. Eu fiz filmes com nudez e, desde então, existe esse assunto. […] Eu fico constrangido. Acho que existe um machismo nisso do tamanho, de querer comparar. Pessoas que pegam imagens de filmes que eu fiz e congelam a imagem, compartilham, tiram do contexto. É desagradável. Eu não gosto dessa insistência, dessa repercussão, dessa curiosidade, desse submundo da internet. E não é elogio, porque não é mérito nenhum, eu não conquistei isso“, admitiu. Veja o episódio completo: