Temos uma relação diferente por aqui… Casados há cinco anos, Caio Blat e Luisa Arraes vivem separados por um corredor. Em entrevista para a jornalista Maria Fortuna, do jornal O Globo, divulgada nesta terça-feira (16), o ator contou que ele e a esposa escolheram ser vizinhos de porta. Segundo ele, o casal considera o formato “mais saudável” e que, assim, ambos conseguem realizar “outros desejos”.
“Tem fase que estamos mais agarrados. Em outras, mais interessados em sair e ver pessoas, se perguntando ‘qual vai ser?’. A gente ajusta o tempo todo de acordo com o momento, encontrando onde cada um tem sua liberdade e seu desejo”, explicou.
Caio ainda disse que a decisão veio para que os dois tivessem mais privacidade: “Temos D.R. todo dia. A gente busca o lugar de cada um, não se fundir num relacionamento. Decidimos ser vizinhos, tenho o meu filho, um relacionamento incrível com a Maria [Ribeiro, ex-mulher]“.
No bate-papo, o ator contou que acha o relacionamento mais “evoluído”, principalmente por causa de sua visão sobre masculinidade. “Muitos homens não se permitem ser afetuosos. Quantas vezes um pai deixa de ser afetuoso com filho porque há esse distanciamento masculino? Essa masculinidade é frágil e tóxica para todos. Mais ainda para mulheres, que convivem há anos com a violência”, disse.
Para Blat, ter crescido no teatro contribuiu para a mentalidade que ele tem hoje: “A masculinidade frágil está saindo de moda, está cafona. A pior coisa de que alguém pode ser chamado hoje é de hétero top, virou uma figura antiquada. Cresci no teatro, a gente sempre teve muita liberdade sexual. Convivemos com pessoas transgêneros, bissexuais. Fiz muitos trabalhos nus, meu corpo sempre esteve a favor da arte. Adoro usar saia, brincos que minha cunhada, Alice, faz para mim. Ela também pinta as minhas unhas”.
“Falo que a gente tem que ter tranquilidade total, lidar com gêneros, brincar com isso. Todo homem acha graça em outro homem, sente atração, pode ser amoroso”, concluiu.