Caio Blat se abriu sobre sua vida amorosa no programa “Sábia Ignorância”, apresentado por Gabriela Prioli, nesta segunda-feira (28), no GNT. O ator, que já foi casado duas vezes, revelou que teve um surto psicótico após o término de um dos relacionamentos. Ele disse, ainda, que estava no meio das gravações de um filme e precisou de ajuda médica.
Ao longo da conversa, Caio se emocionou ao contar que enfrentou uma das piores fases de sua vida após um dos divórcios. Ele já trocou as alianças com a atriz Maria Ribeiro, com quem ficou de 2007 a 2017, e com Ana Ariel, de 2001 a 2004.
Questionado por Prioli, Blat entregou como reagiu a um de seus términos. “É um buraco muito grande. É muito próximo da morte. É uma sensação de que não vai ter volta. Eu já tive crise de pânico, já tive surto psicótico, de achar que com o fim do casamento acabou a minha vida. É muito difícil segurar”, confessou.
A psicanalista Viviane Mosé, que também participava do programa, ressaltou a importância de evitar o sentimento de culpa e abordou a traição.“[As pessoas] colocam mais o foco no outro. Mas o que eu acho mais grave é que a gente acredita demais em acordos que estabelecemos, ou com a gente ou com os outros. E nós somos falhos, pequenos, rasteiros, em busca de ampliação. Então quebrar acordo faz parte da nossa falha humana”, explicou ela.
“Acho que essa coisa da traição, a gente tem que tratar com um pouco mais de delicadeza, sem essa cobrança excessivamente moralista, mesmo quando é com a gente mesmo. Nós somos uma sociedade hipócrita, falamos de situações abusivas, e é sempre o outro. A gente tem que lidar melhor com os erros. Punir e ser punido com o amor”, completou Viviane.
O comentário da psicanalista foi suficiente para deixar Caio emocionado, e compartilhar um episódio que o levou ao “fundo do poço”. “Estou lembrando de uma situação… Eu fiz um filme de amor no meio de uma separação, e eu ficava caído num canto, no chão, chorando. Teve uns dois ou três dias que eu não conseguia levantar da cama. Eu causei um transtorno para a produção. Precisei de apoio psiquiátrico”, recordou ele.
“Claro, em uma situação de emergência, você precisa de um apoio químico e de um apoio profissional também. Eu estava completamente exposto, completamente à flor da pele. Falavam: ‘Vamos gravar?’. Eu falava ‘vamos’, limpava o rosto e fazia a cena”, narrou Blat.
Assista:
O que é traição?
Em outro momento, Gabriela Prioli retomou o tema do programa, que era traição, e quis saber a opinião de Blat. “É quando a gente não consegue cumprir aquilo mesmo que a gente acredita. Eu acho que isso é a pior forma de traição. Quando a gente olha pra gente mesmo no espelho e não se reconhece, não entende por que a gente tomou aquele caminho, por que fez aquilo. Acho que isso é um abismo pra mim”, afirmou o ator.
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