Que história é essa, Carolina Dieckmann? A atriz participou do programa “Que História É Essa, Porchat?” nesta terça-feira (06) e contou uma situação bem maluca e perigosa que viveu com uma amiga quando tinha entre nove e dez anos. Carol deixou Fábio e os outros convidados surpresos e até preocupados com sua aventura… Não pra menos, essa história poderia ter terminado de forma trágica.
Tudo começou pela influência da mãe da amiguinha. Segundo Dieckmann, a mulher era bem “moderna” por ter se separado do marido. “Eu fui dormir na casa de uma amiga minha e a mãe dessa minha amiga já era separada e, na minha época, ela já era mais moderna que eu…Aí a gente conversando com a mãe dela, a mãe fala: ‘Vocês têm que revolucionar as coisas. Vocês têm que fazer coisas que vão se lembrar depois e contar para os seus netos. Fazer coisas perigosas e corajosas’. Eu voltei pra casa achando aquela conversa maravilhosa“, contou.
Carol então avisou a própria mãe que iria fugir da escola, porque achava o almoço que eles ofereciam ruim. “Minha mãe falou: ‘Como assim, filha? Você não vai fugir da escola. Você está maluca, essa mãe da sua amiga, você nunca mais vai voltar lá, ela é uma louca’“, relembrou aos risos.
A atriz, então, foi para o colégio no dia seguinte dizendo para a amiga que o plano estava cancelado. “Falei: ‘Colega, o negócio ficou ruim lá em casa, minha mãe achou a sua mãe muito louca, não achou legal’“, falou. Porém, a amiga não se deixou abalar pelo impasse. “Minha amiga falou: ‘É porque sua mãe é casada. Mãe casada é assim, mais careta. Minha mãe está vendo lá na frente. A gente não vai ter nada para contar para os nossos netos, vão ser horríveis nossos almoços de domingo!“, disse.
Fábio caiu na risada ao pensar que as meninas tão novinhas já estavam pensando em netos e almoços em família. “Eu gosto de uma fuga da escola que ela fala: ‘Mãe, olha só, eu vou fugir da escola’… Já quebrou todo o clima, né? A graça de fugir não é avisar a polícia, é deixar a polícia procurar a gente depois“, brincou o apresentador. Depois do discurso da amiga, Carolina se convenceu a viver a aventura. “Falei: ‘Realmente, você tem toda razão. Minha mãe é muito careta e trabalha muito. Nem pensou direito. A gente vai fugir da escola’“, afirmou.
No dia seguinte, ela e a amiga começaram a arquitetar o plano, pensando em como realizar a fuga e como escapar do porteiro do colégio. “Fizemos um plano, vamos pular o portão da escola quando o Leônidas (porteiro) estiver almoçando… Pulamos o portão da escola. Saímos da escola, as duas, na hora do almoço e fomos para o metrô de Botafogo“, contou.
Chegando no metrô, as meninas repararam que não tinham dinheiro. “A gente achou que o maior risco era pular o muro, mas pular o muro era o mais fácil de tudo. A gente deu conta de pular o muro em um grau que você nem entende… E aí, um cara, que na minha época era um velho. Hoje eu entendo que ele deveria ter uns 45 anos. Enfim, ele perguntou se a gente queria que ele pagasse para a gente entrar no metrô. E a gente falou: ‘Sim’. Entramos no metrô com ele… ele começou a conversar com a gente e eu comecei a chorar”, relembrou.
A atriz relatou que, naquele momento, se deu conta de que não poderia mais voltar pra casa por medo dos pais. “Comecei a ficar desesperada e chorando muito. E o cara com um problema na mão, uma menina chorando. E aí ele falou: ‘Vocês fugiram da escola, né? Vamos fazer o seguinte? Eu vou levar vocês para o meu escritório e a gente vai conversar. E eu vou ligar pro seu pai’. E eu falei: ‘Tá!’“, disse. Gente, que perigo!
Fábio ficou super apreensivo com os rumos da história de Carolina. O homem do metrô se apresentou como psicólogo e disse que acalmaria o pai da atriz. “Falei: ‘Pronto. Achei meu anjo da guarda’. E eu ainda falei (para o homem): ‘Você vai fazer meu pai prometer que não vai brigar comigo?'”, relembrou. Porchat ponderou que o estranho poderia oferecer uma “balinha” e fazer algo de errado com as meninas. “Que loucura, Carol. Já estou apavorado”, disse.
“Eu fico com a mão gelada só de contar, porque eu fico pensando se o meu filho fizer isso, eu nem sei o que pode acontecer com a minha cabeça… Aí chegamos no escritório dele, ele ofereceu um café com leite pra gente, a balinha já poderia ter sido colocada ali“, afirmou. Apesar da situação suspeita, o homem realmente cumpriu o que havia prometido. “O moço ligou para o meu pai, ele realmente era psicólogo e fez meu pai prometer que não ia me bater. Na época, eu pedi para ele não me bater, não me dar uma palmada. Meu pai chegou lá [no escritório] espumando porque não podia me bater“, contou.
A atriz, claro, sofreu as consequências dessa aventura. “Meu pai fez a gente voltar pra escola, ficar o resto do turno, ir pra sala da diretora, ter os castigos da escola. E eu me lembro que fiquei o ano inteiro sem poder ir em nenhuma festinha“, recordou. Que história maluca! Ainda bem que deu tudo certo no final!
Confira o relato de Carolina:
Carolina Dieckmann lembra de quando fugiu de escola com uma amiga ? #PorchatNoGNT pic.twitter.com/mI9ZmX0Jk6
— Canal GNT em ? (@canalgnt) October 7, 2020