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Carolina Ferraz relembra detalhes do assassinato de seu pai: “História muito violenta e trágica”; assista

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História muito triste… Em entrevista ao programa Link Podcast nesta quarta-feira (26), apresentado por Reinaldo Gottino, Carolina Ferraz deu mais detalhes sobre o assassinato de seu pai, em 1982. A atriz relembrou quem foi o culpado pelo crime e como esse fato teve impacto em sua vida.

O homicídio de Ladislau ocorreu por conta de desavenças em negócios. “Eu tinha 14 anos. Meu pai foi assassinado com seis tiros. Uma história realmente muito violenta e muito trágica. Estouraram a cabeça do meu pai, ele teve que ser enterrado de caixão fechado. Foi um ex-sócio do meu pai. Ele devia um dinheiro pro meu pai e eles começaram a se desentender em relação a esse pagamento“, contou ela.

Ele chegou a sofrer um atentado e passou-se um ano. Ele ia fazer uma pós-graduação, ele era economista, e aí nós desistimos. A gente ia passar dois anos fora por causa desse atentado. Ele disse que não podia sair [do país]. Seis meses depois, ele foi assassinado saindo do escritório onde ele trabalhava“, continuou a artista.

O assassino, entretanto, não pagou pelo crime que cometeu. “Aí a gente vê como as coisas funcionam. Nunca houve nada, nunca aconteceu nada. O cara não está vivo, infelizmente, porque eu não desejo mal nenhum a ninguém, mas ele já faleceu e sequer foi a julgamento. A gente vê muito em cidades pequenas, imagina 30 anos atrás, essas corrupções que permeiam a cultura nacional“, revelou Carolina.

O caso abalou toda a família. “Eu não entendia. Minha mãe ficou muito mal, meu irmão e minha irmã também. Eu sobrei um pouco, mas cada um reagiu de um jeito. Eu chorei muito, fiquei triste, mal-humorada, ainda não havia uma expectativa que eu me comportasse bem. As pessoas não têm muita paciência se você não está com tudo certo. Sinto que a minha mãe foi pressionada pra ficar bem. Eu, como era pequena, pude viver um luto. Talvez a única da família“, refletiu ela.

Acredito que a gente cresça na adversidade“, afirmou Ferraz. Hoje em dia apresentando o “Domingo Espetacular”, Carolina tem uma carreira vasta com personagens marcantes nas novelas brasileiras. “Eu acho que ser atriz é realmente o meu ofício. Apesar de estar apresentando, atuando como jornalista, eu sou uma atriz e vou morrer uma atriz. Eu amo atuar“, pontuou.

A artista, inclusive, falou sobre alguns dos trabalhos que mais a marcaram. “Adoro ‘Kubanacan’. Foi o primeiro autor que me permitiu fazer uma coisa mais cômica. Sempre houve um preconceito grande de que mulheres bonitas não são engraçadas, o que é um erro. Eu acho que ‘Por Amor’ eu adorei fazer. Aquela heroína rebelde, não tinha tempo ruim. Acho que eu tive sorte de fazer coisas que eu gostei muito“, relembrou Ferraz. Assista ao papo na íntegra:

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