O castelo de mais de 100 quartos deixado pelo cantor sertanejo José Rico, dupla de Milionário, foi à leilão. No entanto, a tentativa de leiloar o imóvel avaliado em R$ 3,2 milhões para pagar as dívidas trabalhistas do artista não foi bem sucedida, já que não tiveram interessados. De acordo com o Metrópoles, a mansão poderia ser arrematada com lances a partir de R$ 1,6 milhão. Agora, a propriedade ficará disponível para venda direta, pelo mesmo valor mínimo, até 12 de setembro.
Os responsáveis pelo leilão afirmaram que o castelo está em “estado de abandono, com mato crescente, janelas quebradas e pichações nos muros”. Eles também justificaram que o imóvel ficou “encalhado” por ter sido construído em “uma região de baixada em declive acentuado, praticamente sem proveito econômico”. O período para envio de propostas para a compra foi entre 13 e 19 de junho.
O imóvel está localizado em Limeira, interior de São Paulo, e ficou conhecido como “Castelo do José Rico”, devido ao seu projeto arquitetônico de época. Enquanto ainda estava vivo, o cantor revelou o seu desejo de fazer do lugar um recanto para a família, além de construir um estúdio nele. José Rico faleceu em 2015, aos 68 anos, e por cerca de 40 anos fez parte de uma das maiores duplas sertanejas do país.
A Justiça do Trabalho também divulgou que a região penhorada representa 21,2% da área total. O restante do local são edificações que ainda não foram regularizadas. De acordo com o g1, a mansão se encontra em processo de regularização fundiária junto à Associação do Condomínio Jaguari – Santa Rosa (PML).
Além da quantidade astronômica de cômodos, o local tem uma piscina em formato de viola e um estúdio particular. A área total da propriedade é de 4,8 hectares, o equivalente a 48 mil metros quadrados. “Ali é meu mundo. Estou construindo para mim e para os meus”, disse José Rico em entrevista para a Globo, em 2014. Na ocasião de sua morte, a construção já levava 24 anos e seguia inacabada.
Ação trabalhista
A ação trabalhista foi movida por um músico que trabalhou com a dupla entre 2009 e 2015. Segundo o funcionário, ele não teve o seu contrato registrado na carteira de trabalho, não recebia pelas horas extras ou adicional noturno, não recebeu férias, fundo de garantia ou 13º salário, não pôde se habilitar ao seguro desemprego e sofreu danos morais.
Ele também alegou que trabalhava em 19 shows por mês e, posteriormente, 12 apresentações mensais, além de quatro participações por ano em programas de TV. Em 2021, o juiz do trabalho Marcelo Luis de Souza Ferreira, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), condenou a dupla a pagar R$ 6,7 milhões, incluindo os gastos que o músico teve com o processo.
Já em 2022, a juíza Paula Cristina Caetano da Silva, da 2ª Vara do Trabalho de Americana, determinou que o imóvel de José Rico fosse leiloado para o pagamento da dívida. Segundo a Justiça do Trabalho, a área penhorada representa 21,2% da área total e é avaliada em R$ 1,5 milhão. Já o restante, foi avaliado em R$ 1,7 milhão.
Assista ao tour pelo castelo:
