O astro Johnny Depp concedeu entrevista para a revista Rolling Stone e abriu o coração sobre a fase turbulenta em sua vida, quando se separou de Amber Heard. Apesar de não poder falar sobre a ex-mulher devido a um “acordo de confidencialidade” assinado no processo de divórcio, o ator admitiu que se sentiu “pra baixo” após o término, período que coincidiu com a morte de sua mãe, Betty Sue, que faleceu de câncer em 2016.
“Eu estava no maior nível de depressão que eu poderia ficar. O próximo passo foi: ‘Você vai chegar a algum lugar com os olhos abertos e você vai sair de lá com os olhos fechados’. Eu não aguentava a dor todos os dias“, confessou Depp.
Segundo o ator, ele ficou tão deprimido que começou a redigir um livro de memórias numa máquina de escrever para lidar com a fase difícil que estava vivendo. Suas viagens em turnê com a banda The Hollywood Vampires também ajudaram nesse processo.
“Eu me servia uma vodka de manhã e começava a escrever até que as lágrimas enchessem meus olhos e eu não conseguisse mais ver as páginas. Eu ficava tentando entender o que eu tinha feito para merecer aquilo. Eu tentei ser gentil, bondoso e sincero com todos. A verdade é mais importante para mim. E ainda sim isso tudo aconteceu“, acrescentou ele.
Amber Heard e Johnny Depp se conheceram nos sets de “The Rum Diary” (que aqui ganhou o título “Diário de um Jornalista Bêbado”), em 2011 e ficaram noivos em janeiro de 2014. O ex-casal chegou a celebrar a união por pelo menos duas vezes: a primeira na mansão do astro em Los Angeles e a segunda na ilha particular de Johnny, a Little Hall’s Pond Cay, nas Bahamas, ambas em fevereiro de 2015. O pedido de divórcio foi apresentado em maio de 2016, quando Amber acusou Depp de tê-la agredido fisicamente.
No acordo de divórcio, o ator de “Piratas do Caribe” teve que pagar US$ 7 milhões à Heard, quantia que, segundo a própria atriz, foi doada a instituições de caridade.
Na entrevista, Depp também relembrou os problemas que tinha com a mãe, quando foi questionado se lembrava da primeira grande compra que tinha feito assim que começou a ganhar dinheiro. “Uma casa para minha mãe. (…) Era uma casa fantasma – ninguém falava. Acho que nunca houve uma maneira que eu pensasse sobre as pessoas, especialmente as mulheres, além de ‘eu posso consertá-las’. Betty Sue, eu a cultuava“. O ator ainda contou o que disse no funeral da mãe em 2016: “Talvez minha mãe tenha sido o ser humano mais malvado que já conheci em minha vida“.