Céline Dion se abriu sobre a Síndrome da Pessoa Rígida, doença rara com a qual a diva foi diagnosticada em dezembro de 2022. Em uma prévia de sua entrevista ao Today Show, que irá ao ar no próximo dia 11 de junho, a artista detalhou as dificuldades de conviver com a condição.
No trecho, exibido hoje (7), a voz de “My Heart Will Go Own” desabafou sobre a força dos espasmos musculares: “Eu cheguei a quebrar costelas em um determinado ponto. Às vezes, quando [a doença] é muito grave, pode quebrar algumas costelas”.
De acordo com a artista, além de afetar suas funções motoras e neurológicas, ela teria sofrido danos, também, nos músculos necessários para cantar. “É como se alguém estivesse estrangulando você. É como se alguém estivesse empurrando sua laringe e faringe quando ela sofre um espasmo”, detalhou.
EXCLUSIVE: In an interview with TODAY’s Hoda Kotb, Céline Dion is shedding light on her health and how seriously her stiff person syndrome has affected her ability to sing.
Céline Dion’s full conversation with Hoda will air on June 11 on @NBC. pic.twitter.com/kvsVX8ZjDt
— TODAY (@TODAYshow) June 7, 2024
A Síndrome da Pessoa Rígida (Stiff-Person Syndrome, em inglês) é uma condição neurológica que se manifesta principalmente através de espasmos musculares dolorosos e rigidez muscular. A SPR afeta duas a três vezes mais mulheres do que homens.
De acordo com Polyana Vulcano de Toledo Piza, neurologista e coordenadora do Programa de Especialidades Clínicas do Hospital Albert Einstein, a SPR pode atingir de uma a duas pessoas em um milhão. A doença é progressiva e não tem cura, mas o tratamento visa melhorar a qualidade de vida daqueles que convivem com ela.
Cerca de dois anos após seu diagnóstico, Céline detalhou o quão drásticas foram as mudanças em sua vida agora que convive com a doença, no documentário “I Am: Celine Dion”, que estreia no Prime Video no dia 25 de junho. “Não é difícil fazer um show agora; é difícil cancelar um show”, lamentou a cantora. “Estou trabalhando duro todos os dias, mas tenho que admitir: tem sido uma luta. Sinto muita falta. Das pessoas. Sinto falta delas”, acrescentou.
Ela também falou sobre o assunto em conversa com a Vogue França, em abril. “Essa resposta pode ser muito simples. Está tudo bem, mas dá muito trabalho. É um dia de cada vez“, declarou. Céline disse esperar por milagre com as pesquisas científicas. “Ela ainda está em mim e para sempre. Encontraremos um milagre, uma maneira de cura com pesquisas científicas, mas tenho que aprender a conviver com isso. Então, essa sou eu, com a síndrome da pessoa rígida“, contou.
A artista vencedora do Grammy também compartilhou detalhes sobre seu tratamento. “Cinco dias por semana, faço terapia atlética, física e vocal. Trabalho tanto na ponta dos pés quanto nos joelhos, panturrilhas, dedos, canto, voz… Essa é a condição com a qual devo aprender a conviver agora, parando de me questionar. No começo, eu dizia para mim mesma: ‘Por que eu? O que aconteceu? O que eu fiz? Eu sou a responsável?’ A vida não lhe dá respostas. Você simplesmente tem que vivê-la!“, ressaltou.
Dion confessou que os filhos René-Charles e os gêmeos Nelson e Eddy, foram essenciais para que ela continuasse positiva em sua jornada. “A vida não lhe dá respostas. Você apenas tem que viver isso! Eu tenho essa doença por algum motivo desconhecido”, disse ela. “A meu ver, tenho duas escolhas: ou treino como um atleta e trabalho muito, ou desligo e acabou, fico em casa, ouço minhas músicas, fico na frente do espelho e canto para mim mesma”, observou.
Por fim, mesmo com os desafios da condição, Céline se disse privilegiada pelo apoio que recebe se sua família, amigos, fãs e equipe. “As pessoas que sofrem de SPS podem não ter sorte suficiente ou não ter meios para ter bons médicos e bons tratamentos. Eu tenho esses meios e isso é um dom. Além do mais, tenho essa força dentro de mim. Sei que nada vai me impedir”, concluiu. Leia a íntegra, clicando aqui.
Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques