Chris Evans lembra que recusou papel do Capitão América por diversas vezes, e revela motivo delicado: ‘Comecei a questionar se deveria continuar atuando’

Hoje em dia, é quase impossível para os fãs da Marvel imaginarem um outro ator que não Chris Evans, interpretando o Capitão América. Em entrevista ao The Hollywood Reporter, o astro revelou que, por diversas vezes, recusou o papel do herói, por conta de sua luta contra a ansiedade e ataques de pânico.

Segundo Chris, os diretores do longa o convidaram incansavelmente para fazer testes e ele, graciosamente, rejeitava as propostas, por medo do impacto que o comprometimento com uma franquia de tanta visibilidade teria em sua saúde mental. “Uma coisa é se colocar numa situação porque você estava desavisado, outra coisa seria voluntariamente se colocar naquela posição. Não existe ninguém para culpar, a não ser você mesmo. Meu sofrimento seria só meu”, ponderou.

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Evans contou que as crises de pânico começaram ainda em 2007, quando interpretou o Tocha-Humana nos filmes do “Quarteto Fantástico” e que mais tarde, elas começaram a aparecer inclusive enquanto ele estava nos sets de filmagens. “Nesta época, eu comecei a questionar se deveria continuar atuando ou simplesmente largar tudo. Pensei: ‘Não sei se estou me sentindo saudável como deveria”, lembrou.

Chris hesitou muito em aceitar o papel mais famoso de sua carreira – (Foto: Divulgação/Marvel)

Decidido de que queria escalar Chris para o personagem, o diretor Kevin Feige fez uma última proposta, oferecendo o papel ao ator, sem ele nem mesmo ter feito um teste. Quem recusaria uma oportunidade como essas, né?! O astro acabou cedendo, após ser aconselhado por seus familiares, amigos e equipe.

E foi nessa mesma época que ele recorreu então a um terapeuta – o mesmo profissional que atendia a Robert Downey Jr., colega de elenco de Evans. “Eu fui para alguns psicólogos diferentes. Eu realmente estava sofrendo, e guardando tudo para mim. Um personagem como o ‘Capitão América’ parecia grande demais para mim naquele momento”, disse. “Mas eu aceitei, e foi a melhor decisão que eu já tomei e, pra ser sincero, todos os medos que eu tinha não se concretizaram”, acrescentou.

Por fim, o ator reconheceu o apoio que recebeu do também companheiro de cenas, Chris Hemsworth. “Foi bom ter o Chris por perto, porque ele estava passando por tudo aquilo também. Quero dizer, na época, o Downey, a Scarlett (Johansson), o (Mark) Ruffalo e o (Jeremy) Renner, na época, estavam todos arrasando. Hemsworth e eu éramos novatos e também tínhamos filme independentes, então acho que compartilhamos nossa ansiedade, e pelo menos isso tornou o processo um pouco mais reconfortante”, concluiu.