Sincerão! Cillian Murphy estrelou “Oppenheimer“, um dos filmes mais comentados de 2023, o que levou o ator a novos patamares de fama. Entretanto, em nova entrevista à GQ britânica, o irlandês confessou que prefere a vida longe dos holofotes e explicou por que, mesmo no auge de sua popularidade, passou a se recusar a tirar fotos com fãs.
A carreira de Cillian começou em 1996, mas se estabeleceu a partir de suas parcerias com Christopher Nolan na trilogia de Batman, na qual o irlandês interpretou o vilão Espantalho. Entretanto, de acordo com o próprio astro, tudo mudou quando ele estrelou o drama criminal “Peaky Blinders” como o líder de gangues Tommy Shelby.
“Para mim, parece que [a fama] sempre acontece em ondas. Quando “Peaky” estava no auge, você sentia uma energia diferente ao redor, andando por aí, um pouco como eu sinto agora [com ‘Oppenheimer’] – mas então ela se acalma novamente. Isso meio que vem em ondas”, refletiu o ator. “E então você não tem nada no cinema há muito tempo e as pessoas esquecem disso. Parece que é assim, e você meio que anda assim, e então as coisas voltam ao normal”, pontuou.
Para lidar com as idas e vindas da popularidade e manter sua vida relativamente “anônima”, Murphy então decidiu deixar de tirar fotos com fãs. Aos olhos do ator, é muito mais importante ter uma experiência com os espectadores de seu trabalho.
“Eu não tiro fotos. Depois que comecei a fazer isso, minha vida mudou. Só acho que é melhor dizer olá e conversar um pouco. Eu digo isso para muitas pessoas, você sabe, amigos meus, atores, e eles ficam tipo: ‘eu me sinto tão mal’. Mas você não precisa de um registro fotográfico de todos os lugares onde esteve em um dia”, explicou ele.
Cillian destacou, ainda, que apesar do sucesso em Hollywood, ele prefere a vida longe dos holofotes. Por esse motivo, o ator optou por fazer apenas um filme por ano. “Tenho alguns amigos que são atores, mas a maioria deles não é. A maioria dos meus amigos não está no ramo. Eu também adoro não trabalhar”, justificou ele.
O astro afirmou que a vida relativamente “normal” também serve como pesquisa para suas performances nas telonas. “Eu acho que para mim muita pesquisa como ator é apenas viver e ter uma vida normal fazendo coisas normais e apenas ser capaz de observar, e estar, nesse tipo de fluxo adorável da humanidade. Se você não pode fazer isso porque está indo do festival de cinema para o set de filmagem e para as promoções… você está ‘numa bolha'”, refletiu.
Ele concluiu: “Não estou dizendo que isso o torna melhor ou menos ator, mas é apenas um mundo no qual eu não poderia existir. Acho que seria muito limitante o que você pode experimentar como ser humano, entende?”.