Em entrevista à Vulture, o diretor de cinema Peter Bogdanovich – conhecido pelo premiado “A Última Sessão de Cinema” – causou ao falar sobre Cher. As declarações afiadas vieram após o repórter perguntar sobre qual o ator mais difícil com quem ele já trabalhou. Sem pestanejar, Peter entregou o nome da diva de “Believe” e em seguida explicou a escolha.
“Bem, ela não confiava em ninguém, particularmente em homens. Ela não gosta de homens. É por isso que ela se chama Cher: Ela tirou o nome do pai: Sarkisian. Ela não sabe atuar. Ela ganhou o prêmio de ‘Melhor Atriz’ em Cannes porque eu a filmei muito bem“, disparou ele, se referindo ao drama ‘Marcas do Destino’, de 1986. “Ela não conseguiria fazer o que Tatum [O’Neal] fazia em ‘Lua de Papel’. Ela começaria na direção certa, mas cairia em erros de alguma forma, muito rapidamente. Então eu fiz muitos closes dela porque ela é muito boa em close-ups. Seus olhos têm a tristeza do mundo. Você a conhece, descobre que é autopiedade, mas, ainda assim, se traduz bem em filmes“, pontuou o cineasta.
“Roger Ebert (crítico de cinema) adorou o desempenho de Cher em ‘Marcas do Destino’, escrevendo: “Cher faz de Rusty Dennis um dos personagens mais interessantes do cinema em muito tempo”. Eu fiz mais closes dela do que imagino ter feito em qualquer filme que já gravei“, alegou Bogdanovich, deixando até mesmo, o jornalista da Vulture surpreso. “Você consegue criar uma performance premiada com close-ups?“, questionou o entrevistador. “Sim, eu consigo. Já fiz isso várias vezes“, respondeu ele. Indagado sobre o que a cantora achava dele, Peter declarou: “Cher não gosta de mim“.
Na sequência, o diretor revelou que num determinado ponto os dois chegaram a se dar bem até ele se meter numa polêmica. “Eu não gostava dela. Ela sempre parecia como se alguém estivesse traindo ela. Eu vim para o set um dia e disse ‘Você me deprime, você está sempre tão deprimida e agindo como se alguém estivesse roubando de você ou algo assim’. Mas, finalmente, depois de cerca de sete semanas disso, começamos a gostar um do outro. Ela disse, você sabe, se nós não tomarmos cuidado, poderemos acabar gostando um do outro. Eu disse que seria incrível. E nós acabamos gostando um do outro, e então quando eu processei o estúdio, ela ficou do lado do estúdio, é claro“, resumiu Bogdanovich.
Cher é uma das poucas artistas a ganhar o Oscar; o Globo de Ouro; o Emmy; o BAFTA e o Grammy por seu trabalho multimídia. Sua última performance como atriz (e também como cantora) pôde ser conferida em “Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo”, no ano passado.