Dani Calabresa afirmou ter deixado para trás as mágoas do divórcio conturbado de Marcelo Adnet. Em entrevista ao caderno Ela, do jornal O Globo, divulgada neste domingo (11), ela relembrou a exposição da traição do ator, em 2014, e desabafou sobre ainda ser questionada sobre o assunto, mesmo casada e prestes a ser mãe.
“Passar por um divórcio já é difícil. Com traição exposta em praça pública é como viver um luto cercada de plateia. Por ser famosa, as pessoas se interessam mais, é claro. Todo mundo quer ver como você vai cair – e poucos se preocupam se você vai conseguir levantar. Descobri uma força que nem sabia que eu tinha“, declarou.
Casada com o publicitário Richard Neuman e grávida do primeiro filho, Bernardo, Calabresa deu a melhor resposta sobre ainda ter de falar sobre a separação. “E, sinceramente, o mais curioso disso tudo é ver como, até hoje, a pergunta sobre o divórcio é feita pra mim, como se eu fosse a responsável por explicar o que aconteceu“, comentou.

Dani revelou como, na época, sentia uma dor profunda, mas que ainda precisava sorrir para o público. Ela falou como conseguiu deixar a mágoa no passado e até ser amiga de Adnet. “Mas já deixei de ser a mocinha que precisa agradar. Respondo porque escolho falar, não porque devo satisfações. Hoje sou amiga do meu ex-marido“, afirmou.
A humorista também abriu o jogo sobre a relação entre o atual e o ex-marido. “O Richard é amigo do meu ex, eles se falam. Sou amiga inclusive da mulher atual dele. Todo mundo bem. O destino fez sua parte. O que importa é que estou casada, grávida e feliz“, declarou.
Processo de gravidez
A artista também falou sobre o seu processo de gravidez. Aos 43 anos, ela revelou que foi difícil conseguir realizar o sonho de ser mãe. Em 2022, às vésperas do casamento com Neuman, Calabresa engravidou naturalmente e perdeu o bebê. “Estávamos felizes juntos, em busca da nossa sementinha. Era como cuidar de um jardim, esperando vir a flor. Quando descobri a gravidez, tive o dia mais feliz da vida, e depois, a maior tristeza“, lamentou.
“Foi uma sensação de milagre: sou capaz de gerar uma vida. Num outro exame, o coração não batia mais. Perdi o bebê com nove semanas. Então fui para o hospital. Lembro de portas com bichinhos e uma porta normal. Entrei nessa porta. Me deram um remédio para ver se o meu corpo expelia o feto. Tive cólica, sangrou, demorou, e não saiu. Ele foi retirado no centro cirúrgico“, detalhou.

Calabresa contou que ainda precisou gravar um filme com Xuxa Meneghel no dia seguinte. “Estava só meu corpo, no automático, como se um controle remoto tivesse dado um ‘pause’ na minha alma. Quando terminou, dei o ‘play’ no sofrimento. Chorei por uma semana. Vivi todas as fases do luto: arrasada, triste, e, depois muito ódio, questionando por que a mulher tem que passar por dor física e emocional sozinha“, desabafou.
O desejo de ser mãe voltou após ela ter uma convivência maior e mais intensa com crianças no filme “Mamãe Saiu de Férias”. A gravidez de Bernardo veio através do processo de fertilização in vitro (FIV). “Percebi que queria aquela carga de amor e a mudança na minha vida. Foi tudo muito conectado. Não para tampar um buraco de outra gestação, mas como uma conclusão de um percurso que a gente começou desde que se apaixonou e ficou com vontade de ter um bebê“, concluiu.
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