Deborah Secco se abriu sobre o padrão de homem que “correu atrás” por anos após vivência que enfrentou com seu próprio pai. No “Saia Justa” desta quarta-feira (23), a atriz revelou que foi abandonada por ele quando mais nova e, desde então, buscava nos homens características como indiferença e do abandono.
Inicialmente, Deborah analisou seus relacionamentos e comentou como cada um terminou de forma diferente. Em 1997, ela subiu ao altar com o diretor Rogério Gomes, e os dois ficaram juntos até 2001. Depois, ela se casou com Hugo Moura, com quem teve a filha, Maria Flor. A relação, porém, chegou ao fim em abril deste ano.
“Eu acho que eu tive separações tão diferentes. Não consigo nem criar um método. Acho que eu sou uma pessoa que, realmente, mudo muito, e uma não teve nada nem um pouquinho parecido com a outra. Sentimentos diferentes, ‘Deborahs’ diferentes, rupturas diferentes”, afirmou a artista.
Foi então que Eliana abordou as escolhas de Secco. “Você nunca repetiu um padrão?”, questionou a apresentadora. “Nunca. Me dei conta disso aqui, ouvindo vocês”, respondeu a atriz. “Nunca você repetiu os mesmos erros das relações passadas?”, insistiu a loira. De pronto, Deborah revelou o que sempre buscava nos seus relacionamentos.
“Acho que, talvez, nas relações, sim. Mas os términos foram completamente diferentes. Durante alguns anos, repeti um padrão específico, que é o buraco deixado pelo meu pai”, explicou. “Depois de muitos anos de análise, eu descobri que eu procurava um ‘padrão pai’. Depois de muito tempo falando sobre isso, estudando sobre isso, eu comecei a buscar padrões diferentes, quebrar esses padrões”, narrou.
A artista destacou que depois deste processo começou a buscar “pessoas muito diferentes, mas muito diferentes mesmo”. Questionada por Eliana sobre o que seria esse “padrão pai”, ela não quis entrar em detalhes para não expor seu próprio pai. Contudo, Secco reforçou que a relação entre eles foi permeada pelo abandono.
“É delicado de falar. Mas meu pai e minha mãe se separaram, e eu me senti, em algum momento ali, abandonada por ele. Então, procurava pelo padrão do homem que me abandonaria, o homem que eu deveria lutar arduamente para conquistar, aquele homem que de fato não me queria, que não me escolhia. Acho que esse foi um padrão que eu repeti durante muito tempo”, admitiu Deborah, esclarecendo seus motivos.
“A minha criança ainda estava abandonada. [As dores da rejeição vêm] dessa criança. E todo o relacionamento eu revisito, hoje, depois de muita análise, essa criança e falo: ‘É sua dor que eu estou sentindo? É por você que eu estou indo atrás desse cara? É essa criança que eu estou tentando alimentar?'”, refletiu Secco.
Eliana, por sua vez, quis saber se a mãe de Maria Flor descobriu um antídoto para superar as dores causadas há tantos anos. “Hoje eu aprendi o meu melhor antídoto, que é me reapaixonar por mim. Eu faço lista das melhores coisas minhas, do que eu preciso me orgulhar de mim, de onde eu estava e onde eu estou. Me escolhendo mesmo”, ponderou a morena.
“Não fui escolhida muitas vezes. Fui traída muitas vezes, fui machucada muitas vezes. Em todos os meus relacionamentos, eu fui não escolhida. [Eu tenho que] saber que a pessoa que vai me escolher sou eu. Eu não posso botar essa responsabilidade em mais ninguém. É por mim e para mim”, pontuou Deborah.
Ao final, ela declarou que continua acreditando no amor, mesmo com as situações pelas quais já passou. “Eu acredito que eu vou encontrar uma pessoa que não vai errar comigo. Mas eu não preciso disso pra se feliz. Se isso vier, vai ser ótimo, mas se não vier eu também serei feliz. Me amando, me escolhendo, procurando não errar comigo”, concluiu. Assista:
Deborah revela que, na terapia, percebeu estar buscando a figura de um ‘pai’ em seus relacionamentos devido a feridas emocionais. Agora, ela compartilha como conseguiu romper esse padrão e construir vínculos mais saudáveis. 💙 #SaiaJustaNoGNT @dedesecco pic.twitter.com/JfMTlIRkUu
— Canal GNT (@canalgnt) October 24, 2024