Hugo Gloss

Defesa de Gusttavo Lima entra com pedido de habeas corpus; saiba detalhes

Após ter a prisão decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco nesta segunda-feira (23), Gusttavo Lima e a defesa já entraram com um pedido de habeas corpus, de acordo com o portal Leo Dias. O pedido foi feito por volta das 18h, em urgência, e será encaminhado ao plantão judiciário de 2º grau. A decisão pode ser proferida ainda hoje.

O cantor está em Miami, nos Estados Unidos, onde tem residência. Gusttavo viajou na noite de domingo (22). O sertanejo teve a prisão decretada pela juíza Andrea Calado da Cruz, como parte da Operação Integration, que também resultou na prisão da advogada e influenciadora Deolane Bezerra.

Também ao portal, Gusttavo se pronunciou, mostrando estar confiante no processo. “Ele falou: ‘Calma, tenha calma. Eu não fiz nada contra ninguém, eu estou muito certo de que estou colaborando muito com a Justiça, eu abri minha casa, minha produtora, está tudo aberto aberto para eles verem que eu não devo nada ninguém. Fale para os meus fãs terem calma'”, contou Leo Dias.

Em nota divulgada pelo Splash News, a defesa do artista discordou com a decisão e afirmou que medidas cabíveis estão sendo adotadas. Leia o posicionamento na íntegra:

“A defesa do cantor Gusttavo Lima recebeu na tarde desta segunda-feira (23/09), por meio da mídia, a decisão da Juíza Dra. Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal de Recife/PE, que decretou a prisão preventiva do cantor e de outras pessoas e, esclarece que as medidas cabíveis já estão sendo adotadas.

Ressaltamos que é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais.

A inocência do artista será devidamente demonstrada, pois acreditamos na justiça brasileira. O cantor Gusttavo Lima jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia Pernambucana.

Por fim, esclarecemos que os autos tramitam em segredo de justiça e que qualquer violação ao referido instituto será objeto e reparação e responsabilização aos infratores”.

Prisão preventiva

A notícia sobre a prisão repercutiu após uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo. Embora o processo esteja sob sigilo, a Folha teve acesso à decisão. A juíza atendeu ao pedido da Polícia Civil de Pernambuco e rejeitou os argumentos do Ministério Público, que na sexta-feira (20) havia solicitado a substituição das prisões preventivas por medidas cautelares alternativas.

A prisão de Gusttavo Lima foi decretada por causa da Operação Integration. (Foto: Matheus Lima/Brazil News)

Um dos fundamentos que justificaram o pedido de prisão preventiva do foi que, de acordo com a juíza, ele teria oferecido “abrigo a foragidos”. “É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, escreveu a juíza.

A magistrada ainda apontou que na volta de uma viagem à Grécia, a aeronave em que Gusttavo e outros dois investigados estavam podem ter deixado os três no exterior. “Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha”, analisou.

“Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, concluiu.

Sair da versão mobile