Defesa de Gusttavo Lima quer revogar pedido de prisão com base em caso de Deolane Bezerra; entenda

Advogada recebeu a autorização de soltura nesta segunda-feira (23)

A soltura de Deolane Bezerra e outros investigados da Operação Integration pode ajudar Gusttavo Lima, que teve sua prisão preventiva decretada nesta segunda-feira (23). Em nota divulgada pelo Metrópoles, a defesa do sertanejo afirmou que irá usar o benefício dado à influencer para recorrer da decisão criminal envolvendo o artista.

De acordo com o veículo, o advogado de Lima, Nelson Wilians, usará a mesma linha de defesa adotada para outros envolvidos, ressaltando que, no caso do sertanejo, ele não terá restrições para o exercício da profissão. “Solicitamos a reconsideração da decisão do Tribunal de Justiça em favor dos dois donos da Vai de Bet e despachamos o pedido em Recife”, explicou Wilians no documento protocolado.

Em contato com o jornalista Leo Dias, Gusttavo Lima afirmou estar em sua casa em Miami, nos Estados Unidos, aguardando as próximas etapas da investigação. “Ele falou: ‘Calma, tenha calma. Eu não fiz nada contra ninguém, eu estou muito certo de que estou colaborando muito com a Justiça, eu abri minha casa, minha produtora, está tudo aberto aberto para eles verem que eu não devo nada ninguém. Fale para os meus fãs terem calma'”, disse o colunista.

No entanto, segundo Raquel Landim, do UOL, o cantor teve seu nome incluído no sistema de procurados dos aeroportos brasileiros e pode ser preso caso volte ao país. Ele, contudo, não faz parte da lista de difusão vermelha da Interpol. De acordo com a jornalista, a polícia internacional foi notificada da ordem de prisão, mas não deverá cumprir o mandato.

“Conforme fontes ouvidas pela coluna, a investigação está sendo tocada pela Polícia Civil, que não tem praxe de fazer esse tipo de pedido à Justiça. Por isso, solicitou apenas a notificação. Caso o cantor não se apresente às autoridades, será necessária uma autorização judicial para a inclusão do cantor como foragido na lista vermelha da Interpol. De posse dessa autorização, ele poderia, inclusive, ser preso no exterior”, explicou Landim.

A prisão de Gusttavo Lima foi decretada por causa da Operação Integration. (Foto: Matheus Lima/Brazil News)

Prisão preventiva

A notícia sobre a prisão repercutiu após uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo. Um dos fundamentos que justificaram o pedido de prisão preventiva foi que, de acordo com a juíza, ele teria oferecido “abrigo a foragidos”. Gusttavo Lima é suspeito de ter facilitado a fuga de José André da Rocha Neto, dono da casa de apostas VaideBet, e sua esposa Aislla Rocha.

“É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, escreveu a juíza.

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A magistrada ainda apontou que na volta de uma viagem à Grécia, a aeronave em que Gusttavo e outros dois investigados estavam podem ter deixado os três no exterior. “Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha”, analisou.

“Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, concluiu.

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Justiça manda soltar Deolane Bezerra

Na noite desta segunda-feira (23), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) ordenou a liberação de vários suspeitos presos da Operação Integration, entre eles a influenciadora Deolane Bezerra, sua mãe, Solange Bezerra, e Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário da Esportes da Sorte.

Deolane tinha tido habeas corpus negado após descumprir medida cautelar, segundo desembargador (Foto: Reprodução/Instagram)

Segundo o g1, a decisão foi tomada pelo relator do processo, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão. Ele aceitou um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Darwin Filho e estendeu os benefícios aos demais acusados.

Além de Darwin Filho, outros 15 investigados também foram soltos. O desembargador ainda impôs uma série de condições para os beneficiados. Leia os detalhes, clicando aqui.

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