Destino de cãozinho adotado e devolvido por Lily Allen é revelado; cantora se manifesta

A cadelinha foi adotada em maio de 2021 e devolvida ao abrigo meses depois pela cantora; a pet chegou a ter um perfil próprio no Instagram

Na última sexta-feira (23), Lily Allen protagonizou uma polêmica após revelar em seu podcast, “Miss Me?”, que devolveu uma cadelinha que adotou, porque ela “comeu os passaportes da família”. Com a repercussão do caso, o destino do animal finalmente foi revelado.

De acordo com o TMZ, o labrador preto de Allen foi realojado e teve seu “final feliz” com uma nova família, logo após ter sido devolvido pela cantora ao Animal Haven NYC.

Ao veículo, Tiffany Lacey, Diretora Executiva da ONG Animal Haven, explicou que é a política deles aceitar de volta os animais se a adoção não der certo – algo que, segundo ela, não é incomum com outros animais de estimação.

 

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O pronunciamento veio depois que a cantora foi alvo de diversas críticas e ataques nas redes sociais, devido à revelação sobre o bicho de estimação. Segundo Lily, ela e o marido, David Harbour, adotaram o pet durante a pandemia de Covid-19. “Sabe de uma coisa? Nós já adotamos um cachorro juntos, mas ele comeu meu passaporte e eu a levei de volta para o abrigo”, revelou a voz de “Smile”.

A cantora explicou que a cachorrinha comeu seu passaporte e também os de suas duas filhas, Ethel, de 12 anos, e Marnie, de 11. “Ela comeu os nossos três passaportes e eles tinham nossos vistos, e eu não posso te dizer quanto dinheiro me custou para substituir tudo porque era [a pandemia]. Então foi um pesadelo logístico absoluto”, alegou.

E acrescentou: “Como o pai das minhas filhas mora na Inglaterra, não consegui que elas voltassem a ver o pai por uns quatro, cinco meses, porque essa m*rda de cachorro tinha comido os passaportes delas. Eu simplesmente não conseguia olhar para ela. Eu pensava: ‘Você arruinou minha vida'”.

Lily afirmou que “passaportes não eram a única coisa que ela comia”. “Ela era uma cadela muito malcomportada e eu realmente tentei muito com ela, mas não deu certo e os passaportes foram a gota d’água, por assim dizer”, finalizou.

Escute o podcast na íntegra:

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Nas redes sociais, não faltaram críticas à artista e até mesmo a organização não-governamental PETA, que se dedica às causas animais, se manifestou sobre o caso. Em nota na web, a instituição marcou o perfil da artista e lamentou sua atitude.

“Depois que Lily Allen revelou que devolveu seu cachorro adotado ao abrigo por comer os passaportes da família, a PETA está implorando para que a cantora não tenha outro filhote. Estamos enviando para Lily um cachorro de brinquedo mecânico, que não exige nenhum dos cuidados 24 horas que um filhote de cachorro de verdade exige”, alfinetou a instituição.

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Lily Allen se manifesta

Em resposta, Allen afirmou que a decisão de devolver a cachorrinha “não foi tomada levianamente” e só aconteceu ocorreu depois de meses de agonia, devido à ansiedade de separação do animalzinho.

“‘Tentamos muito e por muito tempo, mas os passaportes foram a gota d’água. Esta é a parte do podcast que os tabloides decidiram não citar em seus artigos sobre eu ‘abandonar meu cachorrinho’. As pessoas têm reagido furiosamente a uma mistura deliberadamente distorcida de citações destinadas a irritar as pessoas, e, como resultado, recebi algumas mensagens realmente abomináveis, incluindo ameaças de morte, alguns dos comentários mais repugnantes estiveram em todos os meus canais de mídia social, e realmente não estou surpresa, porque é exatamente para isso que esses artigos foram criados. Estou bem, mas foram alguns dias muito difíceis que afetaram a mim e à minha família”, escreveu a cantora, em seu perfil no X (antigo Twitter).

Ela, então, explicou como a labradora, Mary, chegou até ela: “Resgatamos nossa cachorrinha Mary de um abrigo em NY e a amávamos muito, MAS ela desenvolveu uma ansiedade de separação bastante severa e agia de todas as maneiras. Ela não podia ficar sozinha por mais de 10 minutos, ela fazia 3 longas caminhadas por dia – 2 nossas e 1 com um passeador de cães local e vários outros cães. Trabalhamos com o abrigo de onde a resgatamos e eles nos encaminharam para uma especialista em comportamento e treinadora profissional, era uma voluntária do abrigo que vinha cuidar dela quando estávamos fora, e depois de muitos meses e muita deliberação, todos concordaram que nossa casa não era a mais adequada para Mary”.

“A pessoa com quem ela foi realojada era conhecida por nós e esse realojamento aconteceu dentro de 24 horas após seu retorno [ao abrigo]. Não conseguimos satisfazer as necessidades de Mary e a sua felicidade e bem-estar foram fundamentais para tomarmos essa decisão, por mais difícil que fosse”, continuou. “Tive cães de resgate de forma bastante consistente ao longo da minha vida, desde os 4 anos de idade, sou muito boa em determinar as necessidades de um cão, nunca fui acusada de maltratar um animal e achei esta semana inteira muito angustiante”, acrescentou a artista.

Por fim, Allen fez um apelo: “Por favor, parem de agir [baseados] em artigos caça-cliques quando você não tiver feito a devida diligência. Eu sei que as pessoas que enviaram mensagens horríveis não ouviram o podcast, mas leram o Mail Online e os artigos e vídeos de desdobramento que se seguiram, eu podia dizer pela linguagem que estavam usando exatamente quais eram suas fontes. É uma distorção, e tudo o que você está fazendo ao se envolver com essas histórias é ganhar mais dinheiro para as pessoas que lucram semeando divisão e destruindo a todos. […] É tudo tão tóxico e sei que podemos fazer melhor”.

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