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Dona Jacira, mãe de Fióti e Emicida, opinou sobre a batalha judicial entre os rappers. Em post no Instagram, nesta quinta-feira (3), ela apoiou o filho mais novo e pediu que a “harmonia se restabeleça”. “Fióti, sua dor é nossa dor“, declarou.
Na publicação, a escritora compartilhou várias fotos, incluindo de Fióti, e refletiu sobre o “poder da palavra”. “Qualquer objetivo é fraco pra qualificar a importância da tradição oral, nas civilizações de matriz africana. É pela palavra falada que se transmite a tradição. A soma do conhecimento sobre a natureza e a vida. Além dos valores morais, a espiritualidade, o domínio de forças ocultas, os segredos, os ofícios, o rito, o canto, a lenda, a poesia“, escreveu.
Ela, entretanto, destacou que as palavras também podem ser usadas “de má-fé”. “E tudo é guardado pela memória coletiva que modela, cura, orienta e alimenta nossa identidade. Todavia, a mesma palavra usada de má-fé pode destruir um império. Envenenar a água boa, os caminhos e o coração. Só quem vive, come, dorme, acorda e luta como um homem bom, pode reconhecê-lo como tal“, afirmou.

Em seguida, dona Jacira falou sobre a polêmica em torno dos filhos e apoiou Fióti. “A palavra maldita calou fundo no coração da minha família. E no coração dos nossos homens bons. Sem chance de defesa, fizeram no réu. As hienas nos rondam, querem a nossa queda. Mas não conseguirão. Falo em nome das mulheres que estão à frente da LAB [Fantasma] desde quando ninguém via possibilidade. Fióti, sua dor é nossa dor“, expressou.
Ela continuou e pediu para que a “harmonia se restabeleça”. “Quando a injustiça se instala, com todo respeito ao jurídico, as mediações de conflitos e estratégias para restabelecer a ordem, é muito importante. Porém, eu, dona Jacira, digo que a maldição lançada em forma de calúnia deve ser retirada. Pela boca que a lançou, antes que seja tarde“, escreveu.
“Pode passar mil anos, gerações se erguerem e caírem, mas a dívida amanhecerá e anoitecerá com seu devedor até que este pague. Até que este desfaça a maldição, até que ele restabeleça a verdade em presença de quem ele adoeceu com falsa palavra. Até lá, todos nos estaremos ritualizando pela cura. Que a harmonia se restabeleça“, concluiu.
Veja:
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Entenda o caso
Emicida acusou Fióti de desviar R$ 6 milhões da empresa que ambos fundaram e gerenciavam, a Laboratório Fantasma Produção Ltda, conhecida como LAB Fantasma. Ele identificou a primeira movimentação suspeita em janeiro, quando aproximadamente R$ 2 milhões teriam sido transferidos. Diante disso, Emicida realizou uma análise detalhada dos extratos bancários de 2024. A equipe dele teria identificado mais R$ 4 milhões transferidos sem justificativa aparente.
Após apontar as retiradas para uma conta pessoal de Fióti, entre junho de 2024 e fevereiro de 2025, o rapper anulou uma procuração que dava ao irmão poderes de gestão na sociedade, barrando o acesso dele às contas da empresa. Fióti apresentou a sua versão dos fatos e criticou a decisão do rapper. Ele, então, foi à Justiça. Nesta quarta (2), a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, divulgou que a Justiça de São Paulo negou o pedido de tutela de urgência feito por Fióti para retomar o acesso às contas.
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