Em processo de difamação, Johnny Depp acusa Amber Heard de ter “pintado hematomas” e diz que foi vítima da ex: “Ela me socou e chutou”

Que Johnny Depp e Amber Heard há muito tempo trocam acusações um contra o outro já não é bem uma novidade. Mas, nesta segunda-feira (20), a história desse ex-casal ganhou um novo capítulo com o primeiro depoimento do ator à justiça como parte de seu processo de difamação movido contra a ex-esposa.

O imbróglio judicial que o ator move contra Heard por supostamente mentir em denúncias de violência doméstica pede uma retratação financeira no valor de US$ 50 milhões. A revista People teve acesso aos documentos com os depoimentos do intérprete de Grindelwald na franquia “Animais Fantásticos. “Eu neguei veementemente as alegações da Sra. Heard desde que ela as fez em maio de 2016, quando entrou na corte para obter uma ordem de restrição temporária com hematomas pintados que testemunhas e cenas de vigilância mostram que ela não possuía todos os dias da semana anterior. Eu vou continuar a negá-los para o resto da minha vida”, começou.

Em seu depoimento, não somente o ator afirma que todas as ocorrências feitas por Amber são falsas, como ele afirma ter sido vítima de abuso por parte da ex. “Eu nunca abusei da Sra. Heard ou de qualquer outra mulher. Ela era a perpetradora e eu era a vítima. Enquanto misturava uma prescrição de anfetaminas e medicamentos sem receita médica com álcool, a Sra. Heard cometeu inúmeros atos de violência doméstica contra mim, freqüentemente na presença de uma testemunha. Alguns casos me causaram sérios danos corporais”, relembrou.

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Depp deu detalhes sobre as agressões às autoridades. “Ela me socou e chutou. Repetidamente jogou objetos em meu corpo e cabeça, incluindo garrafas pesadas, latas de refrigerante, velas acesas, controles remotos de televisão e latas de tinta, o que me feriu gravemente na época“, disse. Inclusive, o ator contou que uma dessas agressões aconteceram quando ele pediu Amber para assinar um acordo pós-nupcial depois que os dois se casaram em 2015.

Amber Heard e Johnny Depp. Foto: Getty

Os documentos divulgados pela revista dão detalhes de histórias bem íntimas do casal. “Depois de me ausentar da cobertura em 21 de abril de 2016, na manhã seguinte, a Sra. Heard ou uma de suas amigas defecaram na minha cama como uma brincadeira antes de partirem para o Coachella“, acusou Johnny ao acrescentar que a atriz confirmou o ocorrido e disse se tratar de uma “brincadeira inofensiva“.

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Em nota, o advogado da estrela de “Aquaman”, Eric George, negou todas as acusações e disse que tudo não passa de uma estratégia para limpar a imagem de Depp. “A evidência neste caso é clara: Johnny Depp repetidamente bateu em Amber Heard. Estas tentativas cada vez mais desesperadas do Sr. Depp e seus facilitadores para reviver sua carreira, iniciando litígios infundados contra tantas pessoas próximas a ele – seus ex-advogados, ex-gerentes e sua ex-cônjuge – não estão enganando ninguém. À luz do importante trabalho realizado pelo movimento #TimesUp destacando as táticas que os agressores usam para continuar a traumatizar os sobreviventes, nem a comunidade criativa nem o público serão manipulados pelas teorias de conspiração“, finalizou.

A People também divulgou a nota dos advogados de Depp em resposta à Eric George. “Heard, a autodeclarada líder do movimento #metoo, apesar de uma prisão anterior por abuso doméstico violento, agora apresenta uma crescente montanha de evidências, incluindo novas vítimas femininas e uma carta fraudulenta para a Segurança Interna, tramando por escrito com seu advogado para subornar testemunhas e impedir que sua farsa seja destruída por 24 testemunhas oculares, 2 policiais, 87 fitas de videovigilância, fita de áudio e suas próprias confissões de violência. George diz que ‘a evidência neste caso é clara’ e não apresenta nenhuma”, escreveu.

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Os atores se casaram em 2015. Em maio de 2016, Amber entrou com uma ordem de restrição sob acusação de violência doméstica contra o marido. Depp negou as acusações, e o casal acabou se divorciando fora dos tribunais em agosto de 2016, com um acordo de US$ 7 milhões e uma cláusula impedindo-os de discutir seu relacionamento publicamente.

O processo de difamação se iniciou depois que a atriz escreveu um artigo para o Washington Post em dezembro de 2018, em que ela descreveu ser uma suposta vítima de violência doméstica. Mesmo sem mencionar seu nome, o eterno Jack Sparrow afirmou que as acusações eram fraudulentas.