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Nesta terça-feira (1º), novos detalhes sobre o rompimento entre os irmãos Emicida e Evandro Fióti vieram à tona. Segundo informações do portal Leo Dias, o desentendimento teria sido motivado por uma disputa pelo controle da empresa “Laboratório Fantasma”, resultando em uma batalha judicial.
Em março deste ano, o rapper processou o irmão, revogando a procuração que lhe concedia acesso às contas bancárias da empresa. De acordo com o veículo, Emicida entrou com a ação devido a um suposto desvio de mais de R$ 6 milhões, que teria sido praticado por Fióti entre junho de 2024 e fevereiro de 2025.
Nos pedidos preliminares apresentados pela equipe jurídica de Fióti, os representantes de Emicida alegaram que a procuração revogada permitia ao irmão movimentar as contas da empresa nos bancos Itaú, Bradesco e C6 Bank. A decisão de revogação ocorreu após a identificação de transferências suspeitas no início de 2025, quando aproximadamente R$ 2 milhões foram movimentados.

Diante disso, Emicida realizou uma análise mais aprofundada dos extratos bancários de 2024. Sua equipe teria identificado um total de aproximadamente R$ 4 milhões transferidos sem justificativa aparente. De acordo com documentos, Fióti teria efetuado 10 transferências das contas da LAB Fantasma para uma conta pessoal entre junho de 2024 e fevereiro de 2025:
– 03/06/2024: Duas transferências de R$ 250 mil
– 04/06/2024: Duas transferências de R$ 250 mil
– 26/06/2024: Duas transferências de R$ 500 mil
– 27/06/2024: Uma transferência de R$ 500 mil
– 28/06/2024: Uma transferência de R$ 500 mil
– 01/07/2024: Uma transferência de R$ 500 mil
– 02/07/2024: Uma transferência de R$ 500 mil
– 22/01/2025: Duas transferências de R$ 500 mil
– 04/02/2025: Uma transferência de R$ 500 mil
– 05/02/2025: Uma transferência de R$ 500 mil
Ao todo, os valores totalizam aproximadamente R$ 6 milhões.
Diante das acusações, a defesa de Evandro Fióti se manifestou. Em sua argumentação à Justiça, sua equipe afirmou que os valores movimentados em 2025 (R$ 2 milhões) foram distribuídos de forma igualitária entre os irmãos, conforme um acordo prévio entre eles. Ainda segundo os advogados de Fióti, Emicida também teria recebido quantias semelhantes em sua conta pessoal ao longo de fevereiro de 2025:
– 07/02/2025: Uma transferência de R$ 500 mil
– 13/02/2025: Uma transferência de R$ 500 mil
– 18/02/2025: Uma transferência de R$ 500 mil
– 20/02/2025: Uma transferência de R$ 500 mil
Somadas, essas transferências também alcançam o montante de R$ 2 milhões.
Os representantes de Fióti anexaram ao processo um e-mail enviado para o endereço profissional de Emicida em 20 de janeiro de 2025, informando sobre a distribuição de lucros no valor de R$ 2 milhões de forma equitativa entre os irmãos. Na mensagem, a defesa de Fióti argumenta que a quantia distribuída seria, inclusive, inferior ao montante a que ele teria direito após mais de 16 anos à frente da “Laboratório Fantasma”.
Por sua vez, a equipe de Emicida afirma que o e-mail usado para comunicar a movimentação financeira não era mais utilizado pelo rapper. No entanto, os advogados de Fióti sustentam que Emicida e sua equipe chegaram a realizar trocas de mensagens com esse endereço em 13 de março deste ano.
Apesar da defesa de Evandro Fióti justificar as transferências de 2025, não foram apresentadas explicações para os valores movimentados entre junho e julho de 2024, que, segundo Emicida, totalizam aproximadamente R$ 4 milhões em transações sem justificativa.
A equipe do hugogloss.com entrou em contato com os representantes de Emicida e Evandro Fióti para comentar sobre o assunto, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve resposta. O espaço segue aberto para futuras manifestações de ambas as partes.
Fióti se manifesta
Após a repercussão, Evandro se posicionou. Fióti divulgou um comunicado público nas redes sociais para se defender das alegações. Em nota oficial anexada ao post, Fióti negou qualquer tipo de desvio de recursos. “Nunca desviou qualquer valor da LAB Fantasma ou de empresas do grupo. Todas as movimentações feitas durante sua gestão foram transparentes, registradas e seguindo os procedimentos financeiros adotados pelos gestores, assim como as retiradas de lucros ao sócio e artista Emicida”, diz o comunicado.
Ele também afirmou que a administração da empresa sempre foi compartilhada. “A administração das empresas sempre foi conjunta, conforme acordo formal ratificado assinado por ambos em dezembro de 2024, que estabelecia, entre diversas premissas e declarações de parte a parte, a gestão compartilhada das empresas, a divisão igualitária de ativos e passivos (50% para cada sócio), além do conhecimento prévio a ambos acerca de movimentações financeiras relevantes”, continuou.
Sobre as acusações que vieram a público, Fióti foi direto: “A acusação de ‘desvio’ é falsa e inverte os fatos”. E acrescentou: “O próprio processo judicial contém documentos que comprovam que Emicida recebeu valores superiores, incluindo distribuições de lucros acordadas entre as partes”.
Na parte final da nota, ele questiona a exposição pública do caso e sinaliza que tomará providências legais. “A divulgação distorcida de informações parciais de um processo é gravíssima e será tratada com as medidas legais cabíveis, em todas as esferas, inclusive penal. Evandro reafirma seu compromisso com a verdade, a transparência na gestão e o respeito à história construída junto à LAB Fantasma”, concluiu. Até o momento, Emicida não respondeu oficialmente ao comunicado do irmão. Leia a íntegra:
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