A atriz belga Emilie Dequenne, conhecida por sua atuação premiada em “Rosetta”, faleceu neste domingo (16), aos 43 anos, em Paris. Dequenne foi vencedora do prêmio de “Melhor Atriz” no Festival de Cannes de 1999, por sua performance no filme dos irmãos Dardenne, que também recebeu a Palma de Ouro.
A artista esteve nos últimos dias sob cuidados paliativos, conforme informado pela sua família e pelo seu agente, à AFP. Em outubro de 2023, Emilie havia revelado que estava lutando contra um câncer raro da glândula suprarrenal, diagnosticado dois meses antes, o que a havia afastado das filmagens.
“Hoje é o dia mundial contra o câncer. Quase tinha esquecido, pois estava saindo do hospital hoje, depois de 13 dias… Que luta árdua, e que não escolhemos! Só de escrever essas poucas palavras já é um esforço imenso”, afirmou a atriz em suas redes sociais, no dia 4 de fevereiro, em referência ao Dia Mundial contra o Câncer.
Em uma entrevista à “Sept à hui”, realizada em dezembro, Dequenne compartilhou que enfrentava uma doença cada vez mais agressiva. “No fundo, sei com certeza que não viverei tanto quanto o esperado. Tenho apenas 43 anos. Sempre sonhei em viver pelo menos 80 anos e adormecer durante o sono para sempre. É isso que estou pedindo”, lamentou.
Dequenne iniciou sua carreira no cinema aos 18 anos com “Rosetta”, filme dirigido pelos cineastas belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne, que lhe garantiu o prêmio de “Melhor Atriz” no Festival de Cannes. “Injetou uma enorme vitalidade a um filme que já seguia a 100 quilômetros por hora”, declarou Gilles Jacob, ex-presidente do festival, à AFP.
No ano passado, Emilie foi vista pela última vez no tapete vermelho do Festival de Cannes, ao lado de seu marido, o ator Michel Ferracci. A atriz esteve presente para celebrar o 25º aniversário de “Rosetta” e apresentar seu último filme, Survivre (Sobreviver). Dequenne deixa uma filha, Milla, de 22 anos.
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