Emilly Araújo, vencedora do “BBB17, assistiu pela primeira vez às imagens de momentos delicados vividos durante seu relacionamento com o médico Marcos Harter, dentro do reality show. Nesta quarta-feira (8), a influencer compartilhou nos stories no Instagram sua reação ao episódio do “BBB: O Documentário”, que revisitou os acontecimentos do programa, e não conteve as lágrimas.
No reality, Marcos foi eliminado após a Delegacia da Mulher identificar “indícios de agressão” em sua relação com Emilly, conforme anunciado pelo então apresentador Tiago Leifert.
“Foi muito intenso, libertador e importante ter gravado esse documentário…. Só quem viveu o ‘BBB17’ sabe o tanto que foi pesado em TODOS os aspectos pra mim”, admitiu ela. “Tô vendo imagens que eu nunca tive coragem de ver antes. Meu Deus, que sensação horrível. Meu Deus, meu Deus… Eu nunca tinha visto”, confessou Emilly, aos prantos. Assista:
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A vencedora do reality reforçou a importância de sua experiência como forma de conscientização. “Eu queria muito ajudar outras mulheres a não passarem por tudo o que eu passei. Mas ser atacada por isso me dá muito medo”, confessou ela.
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Nos comentários de uma publicação do perfil de Hugo Gloss, Emilly respondeu às críticas dos internautas de que teria se vitimizado: “Isso não é vitimismo! É medo dessa sociedade doente. Eu já errei muito na minha vida como pessoa, como todo mundo, mas busco melhorar sempre! Nenhum erro meu ou de qualquer outra mulher justifica merecer ser agredida”.
Araújo revelou que assistir às imagens chegou a lhe causar dor física. “Está sendo muito intenso reviver tudo isso, sentir tudo isso… Olhar o que passei me causa dor física! O pior é saber que milhares de mulheres estão passando por algo assim ou estão perdendo a própria vida nesse exato momento. A cada hora, 26 mulheres sofrem agressão no Brasil e a gente tem medo, medo de falar para alguém, medo de denunciar, medo dos julgamentos”, refletiu ela, em postagem no próprio Instagram.
“Sinto vergonha de me ver nessa situação, estou com vergonha agora! POR FAVOR BUSQUEM AJUDA E NÃO DESISTAM DE VOCÊS MESMAS! Quase desisti de mim diversas vezes… É difícil demais, eu sei, mas somos muito mais fortes do que imaginamos”, concluiu.
Emilly aproveitou o momento para alertar suas seguidoras sobre a coragem de denunciar. Essa é a primeira vez desde 2017 que ela se pronuncia sobre o que passou. “Espero, do fundo do meu coração, que esse documentário tire a venda dos olhos de muita gente, e principalmente de mulheres que vivem o que eu vivi! Que vocês tenham CORAGEM agora! Que vocês não demorem 8 anos para perder o medo de simplesmente falar”, declarou.
O documentário
Durante o “BBB: O Documentário”, a ex-sister revelou ter ficado com medo de denunciar o ex-namorado, Marcos Harter, por agressão e precisar revê-lo em outras situações em decorrência do processo.
“Eu entrei no Big Brother cerca de 15 dias depois de perder a minha mãe, que é a razão da minha vida, e com uma família aos pedaços. Eu tava com essa cabeça: ‘Não vou ser casal, não vou ser casal, nem a pau’. Só que eu não tinha nenhum apoio e eu tinha acabado de perder a minha mãe, então ele, um homem mais velho, percebeu que eu não tinha ninguém pra conversar, e quando eu queria conversar sobre, ninguém queria conversar comigo, nem a minha amiga queria conversar comigo. Ele parecia a única pessoa que se importava comigo“, desabafou.
Emilly também recordou o que sofreu nas mãos de Marcos: “Ele me beliscava porque eu tinha falado alguma coisa que ele não gostou. Ele me pressionou na parede, brigou comigo e me xingou de tudo porque eu não queria dormir com ele naquela noite. Ele pressionou minha cabeça no chão e gritou comigo porque eu não tava ouvindo ele”.
Caso Emily Araújo no #BBBODoc. ela não denunciou o Marcos na época por medo de encontrar ele novamente, e nunca quis falar sobre o assunto por medo de ser atacada, e agora diz que o documentário vai ao ar, e ela será atacada por ter sido agredida. #BBB25 pic.twitter.com/mnHmwDMjww
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De acordo com a influencer, ela não denunciou o médico por pensar que teria de encontrá-lo na Justiça. “Achei que eu ter que vê-lo, ele ia poder tocar em mim de novo pra denunciar ele, eu tinha que vê-lo no tribunal, vê-lo em algum lugar e foi por medo. E olha isso, é lógico que a mulher tem direito de uma medida protetiva e eu não sabia“, revelou.
Emilly ainda explicou o medo de retaliações e o impacto psicológico que a situação teve em sua vida, destacando como isso influenciou sua decisão de se manter silêncio. “Eu nunca aceitei falar sobre isso porque eu fui muito atacada por ter sido agredida. Eu ainda tenho medo“, concluiu.