Família de Paulinha Abelha divulga laudo definitivo com causa da morte da cantora

Artista faleceu em fevereiro, aos 43 anos, após enfrentar uma série de complicações como insuficiência renal e hepatite

Nessa quinta-feira (31), foi revelado o laudo definitivo com a causa da morte de Paulinha Abelha, que nos deixou no final de fevereiro, aos 43 anos. Clevinho Santos, viúvo da artista que integrava o Calcinha Preta, contratou uma assessoria médica para analisar todos os prontuários da cantora, enquanto ela esteve internada nos hospitais Unimed Sergipe e Primavera.

O documento, enviado à revista Quem por Wanderson dos Santos Nascimento, advogado de Clevinho, aponta que “o óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa”. 

Exames toxicológicos mostraram que 16 substâncias foram encontradas no corpo de Paulinha por conta de medicamentos diuréticos. Além disso, durante o período de internação, a artista teve suas funções hepáticas, renais e neurológicas afetadas. De acordo com o laudo, entretanto, estes problemas não têm relação com o uso de medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e pelos hospitais Unimed SE e Primavera.

“O tratamento instituído pelos citados Hospitais seguiu o protocolo específico e bibliografia médica atual, porém, houve uma rápida evolução para o óbito. Os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação hospitalar não causaram lesões e/ou intoxicação na paciente, ou seja, não existe nexo causal entre os medicamentos prescritos e o evento óbito”, informou o documento. A certidão de óbito da cantora apontou quatro causas da morte: meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.

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Com uma carreira de sucesso na banda de forró, Paulinha Abelha faleceu aos 43 anos (Foto: Reprodução/Instagram)

Confira o laudo na íntegra:

“O presente parecer médico teve como objetivo apurar qual a patologia que motivou a internação e culminou com o evento morte da paciente Paula de Menezes Nascimento Leca Viana. De acordo com a documentação analisada, as lesões renais apresentadas pela paciente não possuem relação com uso de medicamentos. Baseado nos documentos médicos analisados, a lesão hepática não possui nexo causal com os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera). Exames realizados (Liquor) evidenciam uma infecção em Sistema Nervoso Central, com a celularidade demonstrando a hipótese diagnóstica de uma Meningite.

Não foi evidenciado a presença de conduta médica inadequada durante sua internação Hospitalar (Hospitais UNIMED ou Primavera). O tratamento instituído pelos citados Hospitais seguiu o protocolo específico e bibliografia médica atual, porém, houve uma rápida evolução para o óbito. Os medicamentos prescritos pela Clínica Cavallaro e durante a internação Hospitalar (Hospitais UNIMED e Primavera) não causaram lesões e/ou intoxicação na paciente, ou seja, não existe nexo causal entre os medicamentos prescritos e o evento óbito.

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Não há elementos para concluir que uma intoxicação alimentar desencadeou a patologia da paciente, porém, intoxicações alimentares podem causar lesões renal, hepática e cerebral, culminando em alguns casos com o óbito do paciente dependendo da gravidade da doença e a virulência do agente patológico. Não há elementos para estabelecer se a procura antecipada por atendimento médico neste caso poderia conter a evolução da doença.

Contudo a procura rápida por atendimento médico é na maioria dos casos o ideal para obter sucesso em um tratamento médico, porém, a evolução da patologia apresentada pela paciente foi rápida e incontrolável evoluindo ao óbito. O óbito da paciente ocorreu devido a um processo infeccioso no Sistema Nervoso Central, conforme consta na Certidão de Óbito, e não decorrente de Intoxicação Exógena medicamentosa.

São Paulo/SP, 31 de março de 2022. Dr. Nelson Bruni C. F”.