Hugo Gloss

Homem suspeito de envolvimento no assassinato de Tupac Shakur é preso quase 30 anos após morte do rapper

A polícia de Las Vegas finalmente prendeu um homem envolvido no assassinato do rapper Tupac Shakur, quase três décadas após a tragédia. Segundo informações do The Hollywood Reporter, Duane “Keffe D” Davis foi detido na manhã desta sexta-feira (29), enquanto caminhava perto de sua casa no subúrbio de Henderson.

Tupac, conhecido por hits como “Dear Mama” e “Ghetto Gospel”, faleceu após ser atingido durante um tiroteio. Ele estava em uma BMW dirigida pelo fundador da Death Row Records, Marion “Suge” Knight, em um comboio de cerca de 10 carros. O grupo estava parado em um sinal vermelho, nos arredores da Las Vegas Strip, quando um Cadillac branco parou ao lado deles e um tiroteio começou. Shakur foi baleado várias vezes e morreu uma semana depois.

Davis, que foi considerado suspeito desde então, admitiu em entrevistas e em sua biografia “Compton Street Legend”, que ele estava no Cadillac de onde começou o tiroteio, em setembro de 1996. Ele também chegou a sugerir o envolvimento de seu sobrinho, Orlando “Baby Lane” Anderson, no crime.

O grande júri de Nevada ouviu uma série de evidências do caso e, após uma longa deliberação, decidiu indiciar Davis por assassinato com arma mortal. O processo durou vários meses, mas a acusação só foi oficializada hoje, de acordo com o vice-promotor distrital do condado de Clark, Marc DiGiacomo.

Na audiência que aconteceu nesta tarde, o promotor descreveu Duane como o “comandante local” que “ordenou a morte” de Shakur, que tinha 25 anos na época.

Em meados de julho, a polícia de Las Vegas já havia conduzido uma busca na casa de Davis, para procurar itens “conectados ao assassinato de Tupac Shakur”. Eles coletaram vários computadores, um celular e um disco rígido, uma revista Vibe que figurava Tupac, várias balas calibre 40, dois tubos contendo fotografias e uma cópia do livro de Davis.

“Muitas vezes tem sido dito que justiça atrasada é justiça negada. Neste caso, a justiça foi adiada, mas a justiça não será negada”, reforçou o promotor distrital Steve Wolfson, em entrevista à AFP.

Ícone do rap

Tupac faleceu pouco após o lançamento de seu quarto álbum solo, “All Eyez on Me”, que permaneceu nas paradas, com cerca de 5 milhões de cópias vendidas. O cantor foi indicado seis vezes ao Grammy e, até hoje, é considerado um dos rappers mais influentes e versáteis de todos os tempos.

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